Chevrolet Silverado simboliza a guinada elétrica da General Motors

São Paulo – Uma picape comercialmente viável, com autonomia estimada de mais de 600 quilômetros, com mais de 670 cv de potência e com recarga para mais 160 quilômetros de condução em menos de 10 minutos, é capaz de encerrar as discussões técnicas a respeito da eletrificação nos veículos. Pois foi o que a General Motors apresentou na quarta-feira, 5, em seu estande virtual da CES 2022, a feira que tradicionalmente inicia o ano em Las Vegas, Estados Unidos, mas que mais uma vez precisou ficar limitada às telas por causa da covid-19. A Chevrolet Silverado EV chegará aos consumidores da América do Norte em 2023, a partir da Factory Zero, uma instalação de quarenta anos em Detroit que recebe US$ 2,2 bilhões para tornar-se o polo produtivo de elétricos da companhia.

Ela simboliza a guinada da GM ao mundo elétrico, caminho sem volta traçado pela CEO Mary Barra, e que, ao menos por enquanto, ainda não encontra barreiras nem no Brasil: a GM não demonstrou entusiasmo com a questão do etanol como opção passageira, como algumas de suas rivais.

Para os próprios Estados Unidos estão confirmados mais dois modelos em segmentos de alto volume: o Equinox EV e o Blazer EV. A própria Silverado terá uma versão mais dedicada ao frotista, a Work Truck, com menos cavalos de potência, 520 cv, mas maior capacidade de carga e de reboque.

A GM não esconde sua intenção: liderar o mercado EV em seu país de origem. Outros modelos integram o portfólio, como as vans elétricas BrightDrop, os Bolt EV e EUV, GMC Sierra EV, GMC Hummer EVs e Cadillac Lyriq e Celestiq.

Assim a companhia cumpre o primeiro dos três zero que divulga perseguir: o zero emissões. Restam o zero acidente e zero congestionamento, que a GM pretende alcançar a partir da introdução de tecnologias de segurança e autônomas avançadas. O Super Cruise, primeiro kit de tecnologia autônoma desenvolvido em parceria com sua subsidiária Cruise, estará em 22 modelos seus até o ano que vem. E em 2023 será lançado o Ultra Cruise, quando, garante a companhia, 95% da condução poderá ser feita sem as mãos do motorista no volante.

Foto: Divulgação.