São Paulo — Após persistente solicitação do setor para que o governo federal estendesse o prazo para a produção de modelos da legislação anterior à Proconve L7, em vigor desde 1º de janeiro, o Ibama concedeu mais três meses às montadoras para finalizarem aquelas unidades inacabadas. O governo compreendeu, afinal, o cenário de dificuldades de abastecimento de semicondutores e de outros insumos para a produção de veículos.
Instrução normativa publicada no Diário Oficial da União de 30 de dezembro de 2021 prorrogou a validade das licenças "para uso da configuração de veículo ou motor emitidas para modelos que não atendam aos novos limites de emissão de poluentes para veículos no PL7, cuja montagem foi iniciada até 31 de dezembro mas que por motivo de força maior decorrente da desestabilização das cadeias de fornecimento de componentes para o setor automotivo brasileiro, em razão da crise provocada pela pandemia, não pôde ser finalizada".
Com isso as empresas têm até 31 de março para concluir a produção das unidades que não atendam ao PL7 e até 30 de junho para comercializar esses modelos. Unidades importadas de países também afetados pela crise decorrente do coronavírus seguem o mesmo cronograma: podem entrar no Brasil até 31 de março e ser vendidas até 30 de junho.
Segundo a Anfavea, que coordenou movimento visando à prorrogação da adesão ao PL7 para que as montadoras não perdessem esses carros, mais da metade das marcas produtoras de veículos leves no País enfrenta essa questão.
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