São Paulo – A Volkswagen protocolou junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região um layoff para os funcionários do segundo turno da fábrica de São José dos Pinhais, PR. Segundo a companhia informou à reportagem da Agência AutoData a decisão sobre a adoção da medida, prevista por até oito meses a partir de maio de acordo com o sindicato, ainda não foi tomada e “será informada mais perto da data”.
Em São José dos Pinhais, atualmente, é produzido apenas o SUV T-Cross. Ao suspender o segundo turno a produção seria reduzida de 500 carros por dia para 310, em turno único estendido, de acordo com o sindicato.
A possível medida de flexibilização já ligou o sinal de alerta na entidade, que teme demissões em fornecedores da Volkswagen com a redução dos volumes de produção. O sindicato pretende negociar com as empresas a estabilidade de seus quadros de funcionários durante o período do layoff.
Por causa da crise dos semicondutores, que reduziu a disponibilidade dos componentes em todo o mundo, a Volkswagen vem tomando, desde o ano passado, medidas para ajustar sua produção conforme a oferta dos chips. Em Taubaté, SP, a produção segue em turno único até a segunda-feira, 4, quando oitocentos trabalhadores do segundo turno retornarão ao trabalho após dois meses. Na Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, o segundo turno foi retomado em março, após três meses com produção em apenas um turno.
Em meio a todas essas medidas o T-Cross assumiu o posto de Volkswagen mais vendido do mercado brasileiro, superando o Gol.