São Paulo – Terminou sem acordo reunião na manhã da sexta-feira, 20, de representantes do MPT, Ministério Público do Trabalho, com representantes da Caoa Chery e do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Como resultado há propostas a ser analisadas pelos dois lados. O impasse do lay off, sugerido pelos metalúrgicos e declinado pela empresa após aparentemente ter aceitado, segue mas com poucas possibilidades de acerto.
Em nota o MPT afirmou que à procuradora Celeste Maria Ramos Marques Medeiros responsável pela mediação, foi informado pela Caoa Chery que um lay off representaria uma “fraude ao governo”. A empresa argumenta que não pretende reabrir a fábrica tão cedo – sua expectativa é 2025 – e manter os funcionários sob contrato, recebendo dinheiro público, esbarraria em “impedimento jurídico”.
O sindicato, porém, insiste com o lay off. Também em nota o presidente Weller Gonçalves afirmou que “o lay off é uma maneira dos trabalhadores tomarem fôlego e se prepararem para a recolocação no mercado de trabalho”.
A entidade mantém sua postura de não aceitar as demissões e segue se movimentando, conversando com autoridades da Prefeitura de Jacareí e do governo do Estado de São Paulo.
O que o MPT propôs, porém, vai contra o desejo dos metalúrgicos: em vez de quinze salários na rescisão dos contratos, sem extensão de benefícios, como sugeriu a Caoa Chery, seria uma espécie de PDV com indenização individual de vinte salários para quem sair no primeiro mês, com redução de um salário a cada mês até o mínimo de quinze salários. Mantendo planos de saúde, odontológicos e vale-refeição por dezoito meses e com compromisso de priorizar os demitidos quando houver o reinício de produção.
A diretoria da Caoa Chery analisará a proposta e uma nova audiência foi marcada para a segunda-feira, 23, às 15h00.