São Paulo — Carlos Lamega, conselheiro e diretor presidente da Lamega Consulting, acredita que o futuro das autopeças no Brasil dependerá de algumas mudanças nas empresas para garantir sua sobrevivência no futuro, considerando todas as novidades que são esperadas. O executivo participou do segundo dia do Seminário Compras Automotivas, realizado pela AutoData Editora, de forma online até a quarta-feira, 25:
“As empresas precisarão focar em se diferenciar no mercado e ter valor agregado, seja por meio de processos próprios ou pelo desenvolvimento de produtos próprios”.
Para conseguir ofertar soluções desse tipo uma opção poderá ser a garimpagem por joint ventures com grandes companhias globais para transferência de tecnologia.
A busca por maior profissionalização na gestão da empresa também será um diferencial para o futuro, assim como se preocupar com o meio ambiente, com ESG, que são questões que precisam ser levadas a sério porque as grandes companhias olham para isso: “Por mais que o fornecedor seja competitivo em preço e entrega, se ele não olhar para esses princípios ele poderá perder novos projetos”.
Aumentar a presença nas entidades de classe que as representam também será um movimento importante para as empresas, assim como se aproximar das montadoras e de outras grandes multinacionais para debater a possível nacionalização de novos componentes.
Com esses movimentos se concretizando Lamega aposta em uma indústria nacional forte no futuro, gerando o aumento de volume do mercado local e a oportunidade de o Brasil, e região, se tornarem protagonistas no Hemisfério Sul e atendendo a demanda externas.