Sedã entra nas linhas em setembro e o SUV mais para o fim do ano
São Paulo – Os recém-anunciados lá fora BMW Série 3 e X1 serão produzidos em Araquari, SC. A nacionalização do sedã e do SUV integram os R$ 500 milhões em investimento anunciados no fim do ano passado, recursos que serão aplicados, também, na engenharia local, que vem ganhando espaço dentro do desenvolvimento global da BMW.
Por ser um carro de nova geração, com diversas modificações de design e, principalmente, em seu interior, o X1 é o modelo completamente novo prometido pelo presidente Aksel Krieger na ocasião do anúncio do ciclo de investimento, que vai até 2024. Tanto ele como o Série 3 substituirão nas linhas a geração atual e serão produzidos junto dos X3 e X4, os outro BMW nacionais. O Série 3 novo começará a sair das linhas catarinenses em setembro e o X1 mais para o fim do ano, começo de 2023.
Em Araquari a BMW faz armação de carroceria, soldagem, pintura e montagem. Existem fornecedores integrados à unidade, como o que faz a montagem do powertrain, e outros componentes são produzidos na região, como os bancos, segundo Otávio Rodacoswiski, diretor geral da fábrica: “A produção anual está na casa das 10 mil unidades, em um turno. Mas podemos chegar a 30 mil”.
Apesar da ociosidade não há planos, ainda, de exportar veículos de Araquari. E nem de introduzir modelos elétricos ou híbridos na fábrica, que, porém, está pronta para isso: “É uma produção flexível, e podemos facilmente trocar de um modelo para o outro”.
O presidente Krieger disse que os dois modelos hoje anunciados representaram 25% do volume de vendas do mercado premium no primeiro semestre, que chegou a cerca de 23 mil unidades. Das vendas da BMW respondem pela metade: “São produtos importantes para a BMW. A nossa fábrica é um diferencial para o nosso desempenho: enquanto o mercado total caiu 15%, com os premium recuando 11%, nós crescemos 2%”.
Ele garantiu que o fornecimento de semicondutores às novas gerações dos modelos nacionais está garantido, dentro do planejamento global da BMW.
Engenharia – A equipe nacional de desenvolvimento, que integra um dos cinco centros da BMW no mundo fora da Alemanha, junto com China, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão, apoia a engenharia global nos testes de resistência dos motores do X1 e do Série 3. Dentre as tarefas está a validação do sistema de fases de escape e do tanque de combustível, para atender a exigências do Proconve L7.
Segundo Krieger a engenharia brasileira é demandada, especialmente, por desenvolvimentos de software, infotainment e motores.