Ribeirão Preto, SP – A DAF vive momento bem diferente do setor de caminhões no Brasil: está conseguindo aumentar suas vendas enquanto suas concorrentes enfrentam queda após a chegada da tecnologia Euro 6. A projeção do seu diretor comercial, Luís Gambim, é a de que os emplacamentos totais recuem 11% mas que a DAF feche o ano com vendas 32,3% maiores do que as de 2022, chegando a 9 mil caminhões comercializados.
“Nós nos preparamos para o Euro 6 em 2020 e o nosso avanço, neste ano, é reflexo disso”, Gambim disse durante a Agrishow, em Ribeirão Preto, SP. “Sentimos os efeitos das mudanças no passado e as demais montadoras estão passando por isto agora.”
No primeiro trimestre o avanço da DAF foi maior do que o projetado para o ano, com expansão de 37% na comparação com igual período de 2022, após comercializar 2 mil veículos. Gambim contou que sentiu uma acomodação na demanda, mas a DAF está conseguindo equilibrar sua produção sem precisar parar algum turno ou adotar layoff.
Para o ano a montadora possui a Meta 10, que pretende a produção de 10,2 mil veículos e 10% de participação no segmento acima de 16 toneladas, no ano em que completa seus primeiros dez anos de operação no Brasil. Parte da produção será exportada para países da América do Sul, operação que a DAF iniciou no ano passado e teve demanda três vezes maior do que o esperado, de acordo com Gambim, somando 351 unidades embarcadas.
A empresa aproveitou a Agrishow para lançar o DAF XF Off-road, com capacidade de carga de 91 toneladas a 150 toneladas, dependendo da configuração, com motores de 480 cv e 530 cv de potência. Este modelo foi desenvolvido para operações de cana-de-açúcar e madeira.