Segundo a Anfavea foi necessário adequar a produção à demanda do mercado
São Paulo – A necessidade de adequar a produção de veículos à demanda atual do mercado obrigou as montadoras a promover, em abril, ao menos nove paradas de fábricas, das treze ocorridas no ano, segundo cálculos da Anfavea, que divulgou seu balanço na segunda-feira, 8. Somada aos cinco dias úteis a menos do que em março, por causa da quantidade de feriados, a pisada no freio fez com que a produção alcançasse 179 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus no mês passado, em baixa de 3,9% na comparação com abril do ano passado, 186 mil veículos, e de 19,4% com relação a março, 221,8 mil unidades.
“Vendas e produção estão ligeiramente abaixo das nossas projeções para o ano”, disse o presidente Márcio de Lima Leite. No quadrimestre saíram das linhas de montagem 714,9 mil veículos, crescimento de 4,8% sobre os quatro primeiros meses do ano passado. “Por causa da crise de componentes do início do ano passado, com as dificuldades dos semicondutores, esperávamos que o início do ano fosse mais forte. Não foi o que aconteceu. Daí a necessidade de se adequar a produção à demanda.”
O desempenho ainda não fez com que a Anfavea mexesse em suas projeções totais para o ano, que segue nas 2 milhões 370 mil unidades produzidas, aumento de 2,2% sobre o volume de 2022, 2 milhões 248 mil veículos.
Com a pisada no freio em abril os estoques permaneceram estáveis, com ligeiro acréscimo de 3 mil unidades comparados com março, 206,1 mil veículos. O volume é capaz de suprir 38 dias de vendas.
Não houve também alteração no nível de empregos: ao fim do mês passado as fabricantes de veículos empregavam 101,6 mil pessoas.