Brasília, DF – O MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, divulgou na terça-feira, 14, que 30% dos R$ 500 milhões reservados pelo governo federal para o programa de descontos de automóveis já foram utilizados. De acordo com a pasta nove montadoras de leves aderiram ao programa, oferecendo 233 versões de 31 modelos.
Renault, Volkswagen, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, General Motors e Stellantis – mas o MDIC classifica como FCA e PSA – foram as empresas que aderiram ao programa, segundo o ministério. Todas solicitaram R$ 10 milhões cada, a cota definida pela Medida Provisória 1 175, sendo que VW, Hyundai, GM, Fiat, Peugeot e Renault já pediram R$ 10 milhões adicionais.
A lista completa dos modelos credenciados pode ser encontrada aqui.
É possível solicitar créditos adicionais até o fim do programa, que tem R$ 500 milhões definidos. Os descontos variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil, a depender de critérios como preço, eficiência energética e conteúdo nacional.
O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse na terça-feira, 14, estimar que em menos de um mês o dinheiro reservado pelo governo chegará ao fim, “Nós calculamos que o valor beneficiará de 100 mil a 110 mil veículos. Temos isso já em estoque, como informamos na última coletiva de imprensa”.
Ele, assim como a Fenabrave, acredita que o programa do governo deu um impulso ao mercado, por enquanto sentido apenas nas movimentações de loja. “Inclusive a procura por veículos com preço acima do teto estipulado pelo governo cresceu. Não conseguimos medir em dados ainda, porque do fechamento do negócio ao emplacamento costuma levar alguns dias”.
Lima Leite, porém, descartou manter negociações com o governo para estender o valor reservado para o programa. “É um programa com prazo definido e não há espaço para crescer. O que precisamos, agora, é retomar o crédito, com taxas de juros mais baixas e melhorar o acesso dos consumidores. É isso que fará a indústria voltar a crescer”.
Comerciais
No caso dos veículos comerciais, que inclui utilitários leves e pesados, dez montadoras aderiram ao programa: VW Caminhões e Ônibus, Mercedes-Benz, Scania, Stellantis [FCA e PSA], Volvo, Ford, Iveco, Mercedes-Benz Cars & Vans e DAF. Elas consumiram R$ 100 milhões da cota de R$ 700 milhões, ou 14% do valor.
Em ônibus nove empresas aderiram, consumindo também 30% do valor, ou R$ 90 milhões. Aderiram Mercedes-Benz, Scania, Stellantis, Mercedes-Benz Cars & Vans, Comil, Ciferal, Marcopolo, Volare e Iveco.