Alckmin promete anúncio do segundo ciclo do Rota 2030 para os próximos dias

São Paulo – O vice-presidente da República e ministro do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que nos próximos dias será lançado o segundo ciclo do programa Rota 2030. O anúncio foi feito em evento em que foi divulgado investimento de R$ 3 bilhões na fábrica da Caoa em Anápolis, GO, a ser injetado nos próximos cinco anos.

A projeção está próxima da indicação da diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-média Complexidade Tecnológica do MDIC, Margarete Gandini, que durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2023, disse que esta etapa do Rota 2030 ficaria para agosto.

Segundo Alckmin a nova fase do programa de incentivo à inovação compreenderá o período de 2023 a 2028. Ele citou que será oferecida a redução de IRPJ, Imposto de Renda Pessoa Jurídica, e de CSLL, Contribuição Social do Lucro Líquido, “para as empresas poderem investir e inovar mais focadas na mobilidade, inovação e descarbonização”.

O vice-presidente anunciou também a disponibilidade de R$ 106 bilhões em crédito para pesquisa e desenvolvimento, inovação e digitalização por meio do Embrapii ou via BNDES, neste caso, indexado pela taxa TR.

O foco da nova etapa do Rota 2030, descarbonização e inovação, terá uma nova meta de eficiência, do poço à roda, ou seja, o ciclo completo do uso do combustível. Hoje apenas a emissão do próprio veículo é mensurada, do tanque à roda.

Alckmin mencionou, ainda, que, ao todo, 125 mil veículos foram comercializados por meio do programa de estímulo do governo. E ressaltou que a iniciativa continua para pesados: “Os incentivos são de R$ 300 milhões para ônibus e R$ 700 milhões para caminhões, com o compromisso de tirar um veículo velho da rua e mandar para reciclagem. Por causa da nova motorização Euro 6 um caminhão novo polui 95% menos. E o crédito pode chegar a R$ 99,6 mil”.

O objetivo do ministro do MDIC é estender o programa até que o R$ 1 bilhão seja totalmente consumido, e não mais em um período de 120 dias. Isto porque, até agora, três meses após o lançamento da iniciativa, R$ 270 milhões foram solicitados em descontos.