São Paulo – Para a BYD “não passa de um boato” o retorno do imposto de importação para veículos elétricos, cujas discussões dentro do governo foram confirmadas por Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Durante o lançamento de uma versão esportiva do elétrico Dolphin, em São Paulo, Alexandre Baldy, conselheiro e porta-voz da empresa, afirmou que nada foi confirmado pelo governo e que, portanto, a BYD não considera a questão em seu planejamento.
“Nada formal ou oficial nos foi passado pelo governo e o assunto não está inserido no programa Mobilidade Verde. O que sabemos, e foi dito pelo presidente [da República, Luiz Inácio] Lula em viagem à China, é que o governo estaria comprometido com a descarbonização da mobilidade e a presença de empresas como a BYD eram bem-vindas no Brasil.”
Como o retorno do imposto, ainda que escalonado, é considerado um boato, continuou Baldy, não há planejamento da BYD para cenário diferente do atual. A empresa trabalha para 2024 com o imposto zerado, como atualmente, e pretende ampliar as importações até que a fábrica entre em operação, agora novamente com início previsto para o último trimestre de do ano que vem.
“Não posso colocar a equipe para trabalhar dentro de um cenário ainda incerto. Nosso planejamento segue e pretendemos começar a importar os veículos a partir de um porto na Bahia, assim que assumirmos a fábrica.”
Outra questão em pauta no âmbito do governo, o regime regional do Nordeste, também não mexe com os planos da BYD, segundo o conselheiro. Ele disse que os investimentos não serão reduzidos caso o programa não seja renovado, mas poderão aumentar em cenário de aprovação da renovação até 2032, como vem sendo discutido no Congresso.