Presidente Márcio de Lima Leite divulgou novas expectativas. Projeção anterior fora divulgada em janeiro.
São Paulo – A três meses do fim do ano a Anfavea divulgou na sexta-feira, 6, novas projeções para produção, vendas e exportações para 2023. Com relação à anterior, divulgada em janeiro, mudanças positivas para o mercado doméstico, com expectativa de maior crescimento, e negativas para produção, que empata com a do ano passado em vez do aumento esperado, e exportações, com queda mais acentuada.
Para o mercado doméstico a estimativa dobrou: de 3% para 6% de aumento, somando 2 milhões 230 mil veículos, acréscimo de 62 mil unidades à projeção anterior. Puxado pelo segmento leve, em alta de 7,2% em vez de 4,1%, somando 2,1 milhão de veículos, pois para caminhões e ônibus a Anfavea manteve sua projeção de queda de 11,1%, para 128 mil unidades.
Na produção, porém, revisão para baixo: no lugar do 2,2% de crescimento a Anfavea crê em ligeira alta de 0,1%, com 2 milhões 372 mil unidades fabricadas. São 49 mil veículos a menos do que o projetado em janeiro, e também com maior impacto em caminhões e ônibus, com recuo de 34,2%, superior à queda de 20,4% estimada em janeiro.
As exportações trazem o cenário mais delicado, com revisão para 12,7% de queda em vez dos 2,9% esperados em janeiro. São 47 mil unidades exportadas a menos do que o projetado.
Sinal amarelo para importações
O presidente Lima Leite ponderou, no entanto, que o crescimento no mercado doméstico se dará mais por importações do que por veículos fabricados no País: “Dois terços do aumento na demanda estão sendo incorporados por veículos importados”.
Das 62 mil unidades a mais, de acordo com a Anfavea, 42 mil serão importadas e 20 mil nacionais. A entidade projeta 323 mil importações em 2023, em torno de 15% das vendas totais. E, deste volume, em torno de 12 mil entrarão com o imposto de importação zerado, por serem carros 100% elétricos.