Modelo derivado do SUV produzido em Betim, MG, chega às concessionárias por R$ 159 mil 990
Indaiatuba, SP – Dobrar o volume de modelos Abarth vendidos no mercado brasileiro. Essa é a expectativa da Fiat ao lançar o SUV Fastback Abarth, que faz companhia ao Pulse Abarth, apresentado no ano passado no portfólio da companhia. Segundo Herlander Zola, vice-presidente de operações comerciais da Fiat e da Abarth, e que acaba de agregar Jeep e Ram às suas funções, as vendas giram em torno de 350 a quatrocentas unidades por mês.
“O Pulse Abarth representa cerca de 10% do volume de vendas do SUV. Esperamos algo parecido com o Fastback Abarth, que tem vendas em patamar semelhante. Portanto podemos falar em oitocentos Abarth/mês.”
Para colocar o modelo com pegada esportiva no mercado a Fiat reposicionou a gama do Fastback. Ao menos o seu topo de linha: o Limited, também equipado com o motor T270, e que traz a inscrição “powered by Abarth”, teve seu preço reduzido para R$ 154 mil 490. O Abarth chega às concessionárias por R$ 159 mil 990.
Zola diz não esperar, com isto, o fim da versão Limited: “São clientes diferentes. Alguns compradores de versões mais equipadas, mesmo com motores mais potentes, não gostam do estilo de design esportivo do Fastback Abarth”.
Assim, seguem os dois no portfólio, ao menos por enquanto. A diferença de um para o outro é perceptível no design: o Abarth traz acabamento em fibra de carbono na ponta do capô, spoiler dianteiro, aerofólio traseiro, escapamento duplo esportivo, roda de 18 polegadas exclusivas e teto bicolor, dentre outras inovações como a presença do escorpião na grade dianteira, a inscrição Abarth na traseira e outros pormenores.
E, embora ambos tenham o mesmo motor de 185 cv, a diferença ao acelerar é notável. A reportagem testou o modelo na pista do Autódromo Capuava, em Indaiatuba, SP, e constatou: é um modelo divertido de guiar quando no modo de condução do escorpião.
A engenharia trabalhou para alcançar este resultado: mexeu nas suspensões, na calibração do motor, rebaixou um pouco o carro e desenvolveu rodas e pneus mais largos, e que ficaram mais leves. A transmissão, CVT, traz respostas mais precisas e rebaixa a marcha quando entende precisar de mais força no motor.
O vice-presidente da Fiat ponderou que atenderá a público específico, que gosta de acelerar o carro em track days, por exemplo. E não se arriscou a dizer qual o tamanho deste mercado de esportivos derivados de modelos que chegam ao consumidor comum. Mas confessou: “São versões que ajudam a reforçar a imagem da marca e oferecem boa rentabilidade. Posso dizer que a trajetória da Abarth seguirá em mais modelos no Brasil”.