São Paulo – O processo de internacionalização da Volkswagen Caminhões e Ônibus, acelerado nos últimos anos, alcançou um feito de destaque: a rede de concessionárias no Exterior já é maior do que a no Brasil. São mais de duzentas em 35 mercados da América Latina, África, Ásia e Oriente Médio e 150 no País.
Segundo Leonardo Soloaga, diretor de vendas para mercados internacionais da VW Caminhões e Ônibus, a aposta no crescimento externo seguirá em 2024, com a crença de que seus produtos se adaptam muito bem em países emergentes: “Temos muitas oportunidades ainda e a intenção, para o ano que vem, é aumentar a nossa presença no Oriente Médio”.
Aumentar a capilaridade de mercados onde a companhia está presente também faz parte do planejamento. Em 2023, por exemplo, a VWCO expandiu a operação em mercados relevantes, caso do México, que hoje possui uma rede de dezessete concessionárias, o segundo país com mais lojas fora do Brasil. Em primeiro lugar está o Peru, mercado importante da América Latina, segundo Soloaga, com vinte lojas. A Argentina dispõe de quinze concessionárias e uma fábrica, o Chile quinze revendas e o Uruguai catorze.
Junto com o avanço das revendas onde a montadora já opera, Soloaga também ressaltou os bons resultados conquistados em mercados da África, que estão puxando um novo projeto para a região, ainda mantido sob segredo mas que, garante, em breve poderá ser divulgado. Em Angola a VWCO possui 30% de participação e já entregou mais de 10 mil veículos desde que começou sua operação. Gana, África do Sul e Costa do Marfim também são países relevantes, onde quer expandir seus negócios.
Na Ásia, onde a VWCO inaugurou uma fábrica nas Filipinas, outras regiões também são objeto de interesse, como o Sudeste Asiático, mas este plano é de médio prazo, segundo o diretor: “Para concorrer localmente será necessário desenvolver fornecedores e ter uma unidade de produção local, porque para operar como importador os custos acabam com a competitividade. A região tem veículos muito competitivos”.
A importância de aumentar suas exportações a partir do Brasil, assim como construir fábricas em outros países, é a menor dependência de negócios gerados apenas no Brasil, construindo uma base sólida de vendas externas para compensar sua produção quando o mercado brasileiro não vai bem.
Internacionalização eletrificada
A VWCO também está avançando com o e-Delivery, seu primeiro caminhão elétrico desenvolvido e produzido no Brasil, e agora o veículo também é comercializado no Chile nas versões de 11 e 14 toneladas, com autonomia de até 250 quilômetros. Com o início das vendas o caminhão elétrico nacional já está presente em seis países.