Vendas de veículos apresentam alta superior à expectativa da Anfavea
São Paulo – Com volume de vendas acima do esperado até novembro, que fechou com 2 milhões 60 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no acumulado, alta de 9,1% sobre igual período de 2022, a Anfavea corrigiu suas expectativas de fechamento do ano de vendas, elevando em 60 mil unidades o número divulgado em outubro, quando realizou sua revisão das perspectivas.
Em dezembro, segundo o presidente Márcio de Lima Leite, a expectativa é a de que sejam comercializados 230 mil veículos. Em novembro foram 212,6 mil unidades, alta de 4,2% sobre igual mês do ano passado e recuo de 2,4% comparado com outubro, que teve dois dias úteis a mais.
“Dezembro começou com média diária elevada, com 14 a 15 mil veículos licenciados por dia nos primeiros dias. Não teremos também pontes ou paradas por causa de feriados, pois o natal cairá em uma segunda-feira. Portanto a expectativa é a de um mês com bom volume de vendas.”
Colaborou para este crescimento acima do esperado as compras das locadoras. Segundo Lima Leite elas representam 30% do total.
Outro vetor de crescimento, embora este seja motivo de preocupação, é o aumento das importações. Os licenciamentos de importados cresceram 26% de janeiro a novembro, para 307,1 mil unidades. Sua participação no mercado subiu de 13%, em 2022, para 14,9% no acumulado parcial deste ano.
O presidente da Anfavea ponderou, entretanto, que grande parte destas importações vem de países com os quais o Brasil mantém acordos comerciais, caso de Argentina, México e Uruguai. Estes países representaram 77% das importações. Mas os importados da China apresentaram 347% de crescimento no acumulado do ano, para 32,2 mil unidades, e já respondem por 10% das importações de veículos.
Lima Leite minimizou, ao citar que a maior parte são carros trazidos por BYD e GWM, que já anunciaram planos de produzir localmente: “São empresas amigas da Anfavea, porque estão investindo em produção no Brasil. Estas importações são da fase pré-operacional”.
Ele disse, também, que será natural a associação das duas companhias na Anfavea quando iniciarem seu processo de produção doméstica.