São Paulo – O mercado de veículos, no Brasil, começou o ano aquecido: em fevereiro os emplacamentos de veículos somaram 165,2 mil unidades, segundo dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. O volume representa crescimento de 27% sobre fevereiro do ano passado, que registrou 129,9 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus vendidos.
O desempenho do mês passado foi superior também ao de janeiro, o que é incomum pelo fato de o mês ter menos dias e as vendas costumarem desacelerar por causa do carnaval. Comparado com os 161,6 veículos do primeiro mês do ano fevereiro avançou 2,3%.
A média diária foi de 8,7 mil unidades licenciadas em cada um dos dezenove dias úteis do mês. Bem acima da de janeiro, 7,6 mil/dia. Em fevereiro do ano passado foi de 7,2 mil/dia.
O primeiro bimestre fechou com 326,9 mil unidades vendidas, avanço de 19,8% sobre os dois primeiros meses do ano passado. Foi o melhor resultado para o período desde 2021.
O desempenho do mercado responde à postura mais ofensiva de diversas marcas que realizaram muitas promoções no mês, oferecendo aos consumidores taxa zero, bônus e valorização do seminovo, dentre outras ferramentas para atrair clientes. Roger Corassa, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen do Brasil, afirmou que o mercado ainda está se readequando: houve distorções geradas pelas medidas do governo que, em meados do ano passado, deram descontos para aquisição de 0 KM.
“Muitas empresas acabaram colocando o pé no acelerador da fábrica, esperando que a demanda continuasse, e acabaram o ano com estoques altos. Agora estão com promoções para liberar esse estoque e recalibrar a produção”.
Mas mesmo com as promoções o tíquete médio das vendas, medido pela Jato do Brasil, cresceu 7,7% sobre a média de 2023, somando R$ 151,5 mil. Segundo Milad Kalume Neto, consultor da empresa, é comum subir o tíquete médio no início do ano porque começam a ser vendidos os carros de ano/modelo 2024.
Em janeiro a Fiat Strada liderou o mercado, com 8,6 mil emplacamentos, seguida por Volkswagen Polo, 8,1 mil, e Fiat Argo, 6,5 mil.