São Paulo – Dentro de agressivo plano de cortar 10 bilhões de euros em custos até 2026 a Volkswagen considera o fechamento de fábricas na Alemanha. Segundo a Automotive News seria a primeira vez que unidades no país de origem da companhia seriam descontinuadas, em 87 anos de história.
Informação do conselho de trabalhadores da Volkswagen aponta que existe ao menos uma fábrica de veículos e uma de componentes obsoletas. O sindicato dos metalúrgicos local prometeu resistir ferozmente aos planos.
Outra medida, que descumpriria acordo de estabilidade fechado até 2029, seria aplicar demissões em suas unidades alemãs. A companhia passa por situação complicada durante a transição para os veículos elétricos: a margem da marca VW caiu para 2,3% no primeiro semestre, contra 3,8% há um ano. A empresa também perdeu força na China, onde marcas locais vêm ganhando espaço.
Dos mais de 650 mil trabalhadores da Volkswagen no mundo quase 300 mil estão na Alemanha. No ano passado foram produzidos 9 milhões de veículos diante de uma capacidade de 14 milhões.
A batalha, porém, promete ser dura: metade dos assentos do conselho de administração da VW é ocupada por representantes trabalhistas. O Estado da Baixa Saxônia, que possui 20% de participação no capital da companhia, costuma ficar do lado dos trabalhadores nas votações.