Motocicleta de uso urbano com duas baterias de lítio removíveis, e autonomia de 80 km, será fabricada a partir de janeiro e chegará ao mercado em fevereiro
São Paulo – A Yamaha anunciou que iniciará em janeiro a produção de uma scooter elétrica em sua unidade de Manaus, AM. A Neo’s Connected, motocicleta de uso urbano que hoje é fabricada na Tailândia e na Europa, oferece autonomia de 80 quilômetros proporcionada por duas baterias de lítio removíveis.
A recarga, que demandará nove horas para completar 100% ou cinco horas de 20% a 80%, pode feita de duas maneiras: diretamente na tomada, em uma garagem, ou com a retirada das baterias para recarregá-las em casa ou no escritório. A vida útil das baterias é de três anos ou 25 mil quilômetros.
De acordo com o diretor executivo comercial da Yamaha, Helio Ninomiya, como não existe uma alíquota especial para a importação de motocicletas elétricas a companhia decidiu por produzi-la na fábrica brasileira: “É sempre importante trazermos novidades. Seria natural para nós, portanto, testarmos o mercado brasileiro com a moto elétrica”.
O executivo disse que a empresa testará o mercado em um primeiro momento, ao justificar que, diferentemente dos carros, as motos já possuem consumo de combustível eficiente: “A Neo’s é essencialmente urbana, ideal para se locomover por trechos pequenos, mas com todas as vantagens de veículos a bateria em termos de ruído e emissões”.
O preço será divulgado apenas quando a scooter chegar às lojas, em fevereiro, mas Ninomiya afirmou que ela será posicionada mais próxima ao topo, em virtude da tecnologia de suas baterias, que ainda requer aporte elevado: “Com certeza será uma moto de nicho aqui no Brasil”.
Embora não tenha anunciado a capacidade de produção da linha que está sendo adaptada na unidade amazonense, nem o investimento realizado, que integra ciclo de R$ 520 milhões, disse que isso será ajustável conforme a demanda. Sobre o potencial deste segmento ele estimou que este deverá girar em torno de 5 mil unidades no Brasil em 2024, ainda sem os modelos Yamaha.
Com dois modos de pilotagem e aceleração rápida, conforme a fabricante, a Neo’s estará disponível em três cores, sendo a azul exclusiva para o mercado brasileiro. Ela terá ainda porta-objetos, chave presencial, tomada 12 V e acesso ao sistema de conectividade da Yamaha, que parelha o celular do condutor, mensura desempenho do veículo e localiza onde foi estacionado.
Oito novidades em 2025
A Yamaha apresentou, além da scooter elétrica, outros sete modelos que farão a frente de produção no Brasil ao longo de 2025, totalizando oito novidades. Todas atenderão aos parâmetros de emissão de poluentes da nova fase do Promot M5, que entra em vigor no ano que vem.
Yamaha Fazer FZ 25 Connected ganhará um ano a mais de garantia, totalizando quatro
O segundo produto mostrado foi a Fazer FZ 25 Connected, desenvolvida especialmente para o mercado local em parceria de engenheiros brasileiros e japoneses. Sua produção começou quarta-feira, 9, e chegará às lojas no início de novembro, com preço de R$ 23 mil 590. A projeção é que sejam vendidas 47,4 mil unidades este ano, com fatia de 42%. Em 2016, quando começou a ser oferecida, a fatia era de 28%, com 11 mil emplacamentos.
O terceiro modelo é a Lander Connected, também desenvolvida em parceria Japão-Brasil, ideal para viagens. Produção começa em novembro e ela chega ao mercado em dezembro por R$ 27 mil 490. A perspectiva é a de que sejam vendidas 47,7 mil unidades em 2024, o que conferirá 45% de participação, como líder do segmento. Quando iniciou as vendas, em 2016, tinha market share de 14%, com 4,6 mil vendas.
A scooter N Max, primeiro modelo do segmento lançada em 2016, com 5,6 mil unidades e fatia de 16%, sofreu durante a pandemia por causa da crise dos semicondutores, e perdeu mercado diante da menor produção. A projeção é a de que encerre este ano com 12% de participação e 18,7 mil emplacamentos. Com início de produção em novembro chega à rede em dezembro por R$ 21 mil 790.
A mesma previsão é dada à scooter X Max ABC Connected, ofertada por R$ 34 mil 990. Chegou ao mercado em 2020, com 55% de mercado e 3 mil 159 vendas, e a perspectiva é a de encerrar o ano com 72% e 9 mil 481 emplacamentos.
Chegarão ao mercado no ano que vem a Factor e a Factor DX, para as quais não foram apresentados dados de mercado nem preços, a serem divulgados quando iniciarem as vendas, em janeiro.