Novas estimativas indicam alta de 2,6% nas vendas, para 2,7 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus
São Paulo – Com as recentes indicações do Banco Central de que a taxa de juros, atualmente em 15% ao ano, não deverá recuar até dezembro, a Fenabrave reviu para baixo as projeções para crescimento do mercado brasileiro de veículos. Os números divulgados na quinta-feira, 2, indicam crescimento de 2,6% nos emplacamentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, para 2 milhões 702 mil unidades.
Foi a segunda revisão para baixo das expectativas no ano. Em janeiro a Fenabrave projetava vendas de 2 milhões 766 mil veículos, alta de 5% sobre 2024. Com o desempenho abaixo do esperado no mercado de caminhões foi revisto para 2 milhões 752 mil, avanço de 4,4%. Agora reduziu em mais cerca de 50 mil unidades, muito por causa do segmento de leves.
“No início do ano havia a expectativa de que a taxa de juros subiria mas recuaria no fim do ano”, afirmou Arcélio Júnior, presidente da Fenabrave. “Mas na última reunião do Copom a indicação foi de que ela permanecerá neste patamar até o ano que vem, pelo menos. Então, devido a essa dificuldade no crédito, reduzimos nossas projeções.”
O corte foi todo no segmento de automóveis e comerciais leves: a alta de 5%, para 2 milhões 609 mil unidades, deu lugar a 3% de crescimento, 2 milhões 559 mil. A de caminhões já havia sido revisada em julho, de alta de 4,5%, 127,6 mil unidades, para recuo de 7%, 113,5 mil.
No acumulado do ano a alta foi de 2,8%, somando 1 milhão 911 mil veículos.
Em automóveis e comerciais leves o avanço, em setembro, foi de 3,9% na comparação anual e de 7,9% na mensal, para 231,4 mil unidades. De janeiro a setembro as vendas cresceram 3,2%, somando 1 milhão 807 mil unidades.