Campinas, SP – A Pirelli inaugurou seu centro logístico de armazenagem de pneus e matéria-prima dentro da sua fábrica instalada em Campinas, SP, com investimento de R$ 150 milhões. O local tem capacidade para armazenar cerca de 1 milhão de pneus, com giro de estoque de quatro a sete dias. Segundo o CEO da empresa para a América Latina, Cesar Alarcon, a nova unidade trará mais agilidade para os negócios:
“Com a nova unidade ao lado da fábrica nós vamos ganhar agilidade e competitividade, além de seguir na busca pela redução de emissões de CO2 até 2040, uma vez que vamos deixar de fazer cerca de 5 mil viagens por ano da fábrica até o antigo armazém”.
Agora, no novo centro logístico que tem 56 mil m² e foi construído em pouco mais de um ano, os pneus saem da fábrica e são levados de caminhão em viagens de alguns metros dentro do mesmo terreno. A cada 30 minutos sai da fábrica um caminhão cheio de pneus de veículos leves que são descarregados no armazém, enquanto a operação de pneus de motocicletas demanda um caminhão a cada 3 horas.
A maior parte da produção da unidade de Campinas que será armazenada no novo centro logístico é dedicada ao mercado interno, mas a empresa também exporta para países da América Latina.
Segundo o CEO para que novos investimentos sejam realizados no Brasil nos próximos anos, algumas medidas precisam ser tomadas para frear o processo de dumping que a Pirelli afirma ter no mercado de pneus: de acordo com Alarcon muitas empresas asiáticas trazem produtos a preços inferiores aos valores de matéria-prima:
“Dessa forma é difícil competir e prejudica as empresas comprometidas com o País, que investem e geram empregos. Faz mais de dois anos que não estamos jogando um jogo de onze contra onze, usando como exemplo o futebol. Precisamos que as condições sejam equalizadas”.
São Paulo – A Paccar Parts anunciou David Kuester como seu novo diretor geral para a operação no Brasil. Ele se reportará ao gerente geral assistente de vendas e operações da Paccar Parts Europa, Frank van den Dungen.
Kuester está na Paccar Parts há doze anos e já trabalhou nas áreas de marketing, atendimento ao cliente, vendas e operações. Seu último cargo foi gerente do centro de distribuição de peças da Paccar Parts em Lancaster, nos Estados Unidos.
O executivo é formado em ciência política pela Marquette University e tem pós-graduação na University of Illinois Urbana Champaign.
São Paulo – O licenciamento de veículos importados das dez marcas representadas pela Abeifa, a Associação Brasileira das Empresas Importadas e Fabricantes de Veículos Automotores, manteve a trajetória positiva com 49 mil 840 unidades de janeiro a maio, aumento de 32% sobre igual período do ano passado.
Mesmo com a situação macroeconômica interna complicada, como a manutenção do juro elevado para o financiamento, o presidente Marcelo Godoy acredita que o desempenho até aqui sustenta a projeção de “superar em 2025 a marca de 120 mil unidades emplacadas, algo próximo de 15% mais em relação às quase 105 mil unidades de 2024”.
Ou seja: a tendência é que nos próximos meses possa haver uma redução do crescimento do ritmo dos licenciamentos. Mesmo assim a expectativa segue positiva para os negócios com veículos importados.
O desempenho em maio, com 11 mil 461 importados licenciados, superou em 48,4% o volume negociado em mesmo mês do ano passado. Já contra abril o crescimento foi de 7,5%.
Considerando os associados com representação no Brasil, que operam apenas como importadores, e as marcas com produção local, mas que têm em seu portfólio modelos importados, a participação dos associados da Abeifa no mercado total foi de 5,3%.
Os veículos eletrificados representaram a maioria dos modelos oferecidos: de janeiro a maio foram licenciados 46 mil e 47 unidades, segundo a Abeifa. Já o total de modelos eletrificados no acumulado do ano foi de 92 mil 743 unidades.
São Paulo – Após o ano passado com demanda em queda no mercado brasileiro de máquinas agrícolas, da ordem de 20%, a expectativa de Cláudio Brizon, diretor de compras da CNH Industrial, dona das marcas Case e New Holland, é manter o orçamento de 2024 para o planejamento de 2025: investimento de US$ 1,4 bilhão em compras de peças, componentes e serviços.
Está em linha com a expectativa da companhia para o mercado de máquinas, de repetir o desempenho do ano passado: “A questão do crédito ainda dificulta muito o investimento dos produtores na renovação da frota. Os financiamentos estão caros, o custo do capital está elevado. Este ano será mais de manutenção dos equipamentos, sem grandes compras”.
O segmento de construção traz boas expectativas, com algumas obras, ainda que pontuais, saindo do papel e fazendo empresas irem ao mercado buscar novos equipamentos. E para 2026 Brizon está mais otimista, esperando recuperação.
O diretor de compras da CNH Industrial conversou com a reportagem da Agência AutoData após a cerimônia do Supplier Excellence Awards 2025, em São Paulo. Nela foram apresentados os resultados da primeira fase do SSP, Strategic Sourcing Program, programa de reorganização da cadeia de fornecedores da companhia. Sessenta novas empresas foram incorporadas às compras da CNH, de segmentos como transmissões, materiais de fricção, fluidos, sensores, chicotes, filtros, plásticos.
“Não buscamos apenas o menor preço nesta revisão na forma de fazer negócios com fornecedores: olhamos todo o contexto, a competitividade, estrutura, engenharia, transporte, qualidade. Existem casos em que até para fábricas do Exterior as peças estão sendo enviadas, em contratos de cinco anos. Agora vamos à fase 2, com outros grupos de componentes.”
A ideia, segundo Brizon, é alongar em prazo e estreitar em parceria o relacionamento com os fornecedores, dentro de uma visão mais global. E não necessariamente apenas um será eleito em cada grupo de componentes. Somente nesta segunda fase a expectativa é, em cinco anos, desembolsar US$ 8,5 bilhões em compras globais.
São Paulo – A Mann+Hummel recebeu o prêmio de Fornecedor do Ano da CNH Industrial durante a cerimônia do Supplier Excellence Awards 2025. A fornecedora de filtros e outras doze empresas do Brasil e da Argentina foram reconhecidas no evento, realizado na quarta-feira, 4, no Cubo Itaú, na Capital paulista.
Mann+Hummel, Fornecedor do Ano. Fotos: Gaspar Nóbrega/Divulgação CNH.
Além de Fornecedor do Ano a Mann+Hummel recebeu outros dois troféus: Qualidade e Relações Comerciais em Agricultura. A premiação foi dividida pelos segmentos de Construção, Agricultura e Fornecimento Misto, e envolveu fornecedores das quatro marcas do grupo – Case IH, New Holland Agriculture, Case Construction Equipment e New Holland Construction.
Durante seu discurso o diretor de compras da CNH América Latina, Cláudio Brizon, destacou a importância da região dentro dos negócios companhia e elogiou a atuação dos fornecedores, mesmo diante do mercado agrícola em queda no ano passado e com projeção de estabilidade para 2025. E reforçou os objetivos:
“Nossa meta é ser líder em qualidade dentro do segmento até 2030. O melhor fornecedor de máquinas agrícolas e construção do mundo”.
Veja os premiados do Supplier Excellence Awards 2025 da CNH Industrial:
Agricultura Desenvolvimento de Produto: PHD Soluções Entregas: Fusipar Relações Comerciais: Mann+Hummel Qualidade: Mann+Hummel
Construção Desenvolvimento de Produto: Painco Entregas: Nelson Relações Comerciais: Fallgatter Qualidade: Tecnoroad
Agricultura e Construção Capex: Rinaldi Peças e Serviços: FRM Serviços: ADN Comunicación Transporte Manufatura: GTS Transporte Produtos e Serviços: Carvalima
Sustentabilidade Responsabilidade Social: Gerdau Meio Ambiente: Gerdau
São Paulo – Mais uma marca chinesa está desembarcando no mercado brasileiro: o Grupo Timber, que mantém negócios de distribuição de veículos nas áreas de agricultura, construção, energia e florestal, anunciou a chegada da Farizon, divisão de veículos comerciais elétricos do Grupo Geely. Em seu portfólio, na China, oferece caminhões leves, ônibus, vans e furgões.
A gama local, porém, será divulgada apenas no fim de mês, durante o Eletrocar Show 2025, no Distrito Anhembi, de 23 a 26 de junho. Será a apresentação oficial da marca, a segunda representada pelo Grupo Timber, que já oferta por aqui as picapes elétricas da Riddara.
São Paulo – Desde abril Enilson Sales divide seu tempo pela Anef, associação que representa as instituições financeiras de montadoras, e a Fenauto, federação dos distribuidores de veículos seminovos e usados. A expectativa era a de uma transição tranquila até novembro, quando passará o posto da presidência da Fenauto para seu sucessor, mas uma bomba explodiu em pleno fim de semana: o anúncio do aumento da IOF.
“Boa parte das pessoas já estava fora do escritório”, disse o novo presidente da Anef ao Agência AD Entrevista poucos dias após o anúncio da medida. “Caiu aquele negócio na mesa e precisamos correr atrás, fazer uma reunião com os tributaristas de nossos principais associados para entender o que era aquilo, debater os impactos, preparar material para enviar ao MDIC. Eu diria que essa foi a minha estreia na Anef”.
Por esta razão o que já era difícil, traçar uma perspectiva para o crédito automotivo em 2025, tornou-se ainda mais complicado. Desde a conversa, na terça-feira, 27 de maio, até a publicação desta reportagem muita água correu por debaixo da ponte embora nada tenha ainda sido definido com relação ao IOF – o governo segue estudando o assunto e discutindo novas possibilidades internamente
Pelo menos uma certeza permanece: a Anef passa por uma transformação com a posse do novo presidente. Acompanhe os principais momentos da conversa com o presidente Enilson Sales:
Como foram os primeiros dias na presidência da Anef?
Comecei em abril, mas estou entrando em campo aos poucos. Minha primeira preocupação foi fazer, digamos, um roadshow, para visitar e conversar com as diretorias dos associados e entender como eles enxergavam e o que esperam da Anef. Depois apresentamos nosso plano e fomos ajustando com as sugestões que fomos recebendo.
Como funcionará a transição do Enilson Sales da Fenauto para a Anef?
Algumas coisas foram negociadas com a diretoria anterior da Anef e os conselheiros: uma delas é que eu permaneceria na Fenauto até a eleição, que será em novembro. Será um processo de transição bem cuidado, à medida em que o tempo passa tarefas, atividades e responsabilidades serão transferidas para outras pessoas, para que o sucessor que sentar na cadeira não sinta o impacto de uma só vez. Tomamos o cuidado de fazer uma transferência com responsabilidade. Então hoje tenho dois focos, o principal que é a Anef, e o da Fenauto é fazer essa transferência.
E a sua chegada à Anef é em um novo momento da entidade. O que mudou e o que vai mudar e quais serão suas principais metas na gestão?
Muita coisa mudará. Primeiramente a Anef tinha em seu estatuto um formato em que só poderiam ser associados os bancos com 100% de capital atrelado à montadora. Isto restringia bastante o quórum da entidade. Então abrimos o espectro de associados para três categorias: bancos essencialmente de montadoras, com 100% do capital ou atrelado a montadoras, os bancos com capital parcial de montadoras e outras instituições financeiras, como o Banco Hyundai por exemplo, que tem parte com o Santander, e entidades que circulam no mundo de crédito, de tecnologia ou de distribuição. São empresas que prestam serviços para bancos de montadoras e para esse ambiente, como portais, uma grande certificadora, um grande player tecnológico. Todos eles são bem-vindos e podem ser abrigados hoje na Anef. Já temos propostas que estão em análise.
Seus antecessores eram presidentes de associadas. Você assume sem participar de nenhuma empresa?
Sim, o estatuto foi alterado em assembleia para abrigar esta nova figura que é o presidente executivo. É o presidente que representa a entidade, toma as decisões e as executa, mas a estratégia continua sendo debatida no Conselho Deliberativo, do qual o presidente faz parte, mas é apenas um voto a mais.
Vamos falar agora um pouco mais sobre o ambiente do setor. Qual é a expectativa para a concessão de crédito automotivo em 2025?
Bom, dois cenários impactavam diretamente: o primeiro era o externo, com toda essa bagunça que se instalou no mercado e que acaba atingindo o setor automotivo, essas tarifas cruzadas, os Estados Unidos e a China elevando um para o outro as tarifas de importações, o Canadá e o México tendo as tarifas aumentadas. Tudo isso impacta na cadeia produtiva e nas projeções, porque mexe com a previsão de oferta e tudo o mais. O outro cenário é o não atingimento das metas internas de controle inflacionário previstas no orçamento. E agora chegou o terceiro cenário, que é bem complicado, que é o aumento do IOF. Todo mundo falou do câmbio e das operações no Exterior, mas na realidade acaba atingindo o mundo automotivo, especialmente sobre o floor plan, que são os financiamentos dos estoques dos concessionários. Com o IOF subindo, ficou mais caro. E também para o CDC para pessoas jurídicas, como os frotistas e locadoras. Ou seja, um cenário que estava bem em 2024, com o sol bonito, agora vê umas nuvens chegando.
Dentro de todo este cenário é possível dizer que o crédito continuará subindo? Vocês tinham uma projeção de alta de 8,5% no volume de recursos liberados. Ela segue?
Só conseguiremos entender, ter um desenho um pouco mais transparente, quando tivermos uma análise mais segura do que ocorrer com a IOF. De um dia para o outro o imposto cresceu 130%, mas não sabemos ainda se vai prosseguir. Então não posso te dar um número exato porque ainda estamos fazendo cálculos.
A questão da IOF impacta mais no crédito do que a taxa Selic?
Não, os dois impactam, porque os dois compõem a taxa de juros. Toda vez que a Selic sobe a taxa tende a subir, porque é o custo que o mercado baliza. O IOF é cobrado na operação financeira e, neste caso específico, ele acaba integrando a taxa efetiva.
A inadimplência tem subido. É tendência manter esta alta?
O mercado de crédito está preocupado com a inadimplência. Recentemente foi divulgado que 70 milhões de brasileiros têm problemas de crédito ou inadimplência. É algo extremamente preocupante! A inadimplência é outro fator que ajuda a compor a taxa de juros, portanto com ela em alta a tendência é de juros crescendo também.
Existe um fator que não é medido oficialmente, mas que quem trabalha com venda de veículos consegue sentir que é a aprovação das fichas. Como anda isto?
Eu diria que ela tem caído. Não sei dizer exatamente como está a média, mas os números estão se deteriorando. O crédito está mais restrito e não enxergamos um horizonte positivo de imediato. Um grande problema hoje é a renda média do brasileiro, que é de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil. Com essa renda o acesso ao veículo fica mais distante.
E como está a questão do Marco das Garantias, que veio para facilitar a retomada do veículo e ajudar a reduzir o spread?
Temos uma expectativa alta sobre o Marco das Garantias, porque ele realmente altera toda a composição da taxa de juros, porque reduz a inadimplência por dar uma segurança da retomada do bem. Acontece que a execução dele caminha a passos de tartarugas. Todo mundo entendeu que existe o marco, é uma legislação vigente mas ainda não está sendo praticada.
São Paulo – A ABB anunciou a compra da Bright Loop, que ganhou espaço no mercado com o desenvolvimento de conversores de energia em alta eficiência usados nos veículos elétricos da Fórmula E.
Em comunicado a ABB informou que fará a aquisição de 100% da empresa francesa, sendo que 93% dos negócios serão adquiridos até o terceiro trimestre deste ano e os 7% restantes até o fim de 2028.
A intenção da ABB é usar a tecnologia de conversão da Bright Loop para aplicações em veículos pesados elétricos de mineração e construção, pois há uma demanda por esse tipo de sistema no mercado e outras empresas estão tentando desenvolver seus próprios sistemas.
São Paulo – A GWM recebeu na fábrica de Iracemápolis, SP, o ministro do Trabalho e Emprego Luiz Marinho. Ele foi conhecer as instalações que estão em fase final de preparação, para iniciar a produção em julho com o SUV Haval H6. Até o fim do ano a previsão é de que oitocentos empregos diretos sejam gerados na unidade, número que poderá chegar a 2 mil futuramente.
Nos próximos anos a montadora tem a intenção de chegar a 50 mil unidades produzidas/ano, aumentando o portfólio local com dois modelos já confirmados: a picape média Poer e o SUV de sete lugares Haval H9. Em um segundo passo a meta é chegar a 100 mil unidades fabricadas por ano, exportando parte desse volume para a América Latina.
São Paulo – As vendas de caminhões recuaram 1,6% no resultado acumulado dos cinco primeiros meses do ano, somando 45 mil unidades. No mês passado, segundo a Fenabrave, foram emplacados 8,9 mil caminhões, queda de 5% com relação ao mesmo mês de 2024 e recuo de 1,7% com relação a abril.
Segundo o presidente da Fenabrave, Arcélio Júnior, a redução na demanda é reflexo da insegurança dos transportadores com relação ao desempenho da economia nacional, incluindo o setor do agronegócio e da construção civil com a alta nos juros e o recente aumento do IOF:
“O mercado de caminhões vem enfrentando um ambiente desafiador, impactado pelo aumento da Selic, do IOF e pelo encarecimento do crédito, dificultando as compras de veículos pesados. Este é o segundo mês seguido de queda nos emplacamentos após um início de ano de recuperação”.
As vendas de ônibus, por sua vez, cresceram 28% de janeiro a maio sobre iguais meses de 2024, somando 11,8 mil veículos. Em maio os emplacamentos chegaram a 2,4 mil unidades, crescimento de 43,5% na comparação com o mesmo período do ano passado e recuo de 5,1% com relação a abril.
O presidente da Fenabrave avaliou como sólida a recuperação do setor no acumulado do ano: “Registramos um desempenho positivo em abril e é natural que haja alguma correção em maio, por se tratar de um segmento de alta volatilidade. A recuperação no ano, porém, é sólida”.