São Paulo – As vendas de veículos eletrificados no Brasil chegaram a 164,5 mil unidades de janeiro a agosto, crescimento de 50,5% na comparação com igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados pela ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico. Os dados consideram todos os tipos de eletrificação, desde os MHEV, híbridos leves com sistemas de 12 e 48 volts, até os 100% elétricos.
Considerando apenas agosto as vendas de eletrificados somaram 25,3 mil unidades, expansão de 72,1% sobre idêntico mês do ano passado. Com relação a julho houve estabilidade na demanda.
Os híbridos plug-in representaram a maior parte das vendas acumuladas, 59,1 mil, volume 65,5% maior do que o de iguais meses do ano passado. Em segundo lugar ficaram os elétricos, 45,2 mil, expansão de 10,2%, e os híbridos leves ficaram na terceira posição com 38,4 mil unidades, registrando o maior crescimento no ano: 351,8%.
Em quarto lugar ficaram os híbridos convencionais com motor apenas a gasolina, com 11,6 mil vendas e alta de 19,6%. Os híbridos tradicionais com motor flex fecham o ranking com 10,2 mil unidades, queda de 28,7%.
São Paulo – Os dias de expansão recorde da BYD podem estar chegando ao fim. Sua meta de vendas para este ano foi reduzida em até 16%, para 4,6 milhões de veículos, enquanto que em março, segundo informou a analistas, o objetivo era alcançar 5,5 milhões.
De acordo com reportagem da agência Reuters o novo número foi comunicado internamente em relatório à empresa e a fornecedores selecionados, no mês passado, com o intuito de ajudar a orientar o planejamento. Foi o que disseram fontes sob condição de anonimato.
E esta meta ainda poderá ser alterada a depender das condições de mercado. Analistas esperavam que fossem comercializados de 4,7 milhões a 4,8 milhões de veículos. Mas, ao que tudo indica, a BYD tem sentido a pressão crescente da concorrência com marcas como Geely e Leapmotor.
A nova projeção, embora esteja 7% acima do que foi vendido no ano passado, representa o crescimento anual mais lento desde 2020, quando as vendas recuaram 7%. Ou seja: é o pior desempenho em cinco anos.
Segundo a reportagem na semana passada a BYD relatou, ainda, queda de 30% no lucro trimestral, o primeiro recuo em mais de três anos.
Baseado em valores reais de financiamentos, o IBV Auto (Índice BV Auto) acaba de ser lançado pelo banco BV, uma das principais instituições financeiras do país. O índice acompanha a variação de preços e a desvalorização dos automóveis leves usados, com visões regionais e estaduais, em linha com a presença da instituição em todo o país. Em agosto, o índice de preços de automóveis usados teve alta de 0,92% sobre o mês anterior, tendo a região Sudeste puxado a valorização. No acumulado em 12 meses até agosto, o indicador apresentou uma alta de 6% do preço dos automóveis leves usados.
“O IBV Auto reforça a relevância de dados reais de mercado para compreender a dinâmica de preços dos usados no Brasil. Com critérios bem definidos, o índice oferece uma visão clara sobre a variação de valores entre diferentes motores, modelos, anos de fabricação e regiões, ajudando a interpretar de forma mais precisa as mudanças do setor”, afirma Jamil Ganan, diretor de Negócios de Varejo do banco BV.
Em agosto, a inflação de veículos usados na região Sudeste foi de 1,2% e, na região Norte, de 1,1%. Rio de Janeiro (1,25%), Bahia (1,21%), Minas Gerais (1,10%) e Amazonas (1,02%) apresentaram as maiores taxas mensais e, no acumulado em 12 meses, o estado do Rio de Janeiro se destaca com elevação de 7,1%.
Roberto Padovani
“A alta do IBV Auto em agosto, de 0,92%, ante 0,80% em julho, representa uma aceleração da inflação do carro usado para além da inflação ‘cheia’ medida pelo IPCA. A alta reflete o momento ainda aquecido da atividade econômica, principalmente da renda das famílias, que impulsiona a demanda por veículos. A manutenção da Selic em patamar elevado é um fator que tende a arrefecer a alta dos preços de usados no médio prazo, assim como os impactos da redução do IPI em veículos novos”, destaca Roberto Padovani, economista-chefe do banco BV.
Desvalorização
O índice também traz uma análise comparada da desvalorização de veículos por tipo de motorização. Veículos elétricos fabricados em 2022 acumulam acentuada desvalorização de 46,6% até agosto de 2025, pressionados pela queda nos preços dos veículos novos. Os modelos híbridos do mesmo ano/modelo, por sua vez, registram desvalorização de 20,1%, enquanto os a movidos a motores a combustão, na mesma base de comparação, perderam 12,7% em valor.
“A queda dos elétricos mostra que o mercado de usados ainda está buscando equilíbrio para essa tecnologia, especialmente diante da redução nos preços dos modelos novos. Já os veículos a combustão mantêm uma trajetória mais estável, com menor perda de valor”, afirma Flávio Suchek, Diretor Executivo de Varejo do banco BV.
Metodologia e critérios
O IBV Auto é um indicador desenvolvido para medir, com precisão e base metodológica robusta, a variação de preços regional e, de forma consolidada, em todo o país. Utilizando dados reais de transações financiadas pelo banco BV, o índice reflete o valor de mercado dos veículos em todo o país, incorporando critérios rigorosos de amostragem, ajustes por depreciação e agrupamento técnico de modelos, permitindo acompanhar mensalmente a dinâmica dos preços por região.
A ponderação é realizada com base no valor total das negociações (volume por preço): quanto maior o preço e mais comercializado for um determinado modelo e ano, maior será o peso do veículo na cesta que compõe o indicador. O índice utiliza o ano de 2019 como base histórica inicial, fixando o indicador nacional em 100, para permitir comparações ao longo do tempo até o mês mais recente de 2025. Nos índices regionais, a base é ajustada de acordo com a diferença média de preços em relação ao mercado nacional naquele ano. Isso garante que a série reflita com precisão a evolução dos preços e as diferenças regionais, oferecendo uma leitura mais apurada do mercado de usados.
Além disso, o IBV Auto busca medir a evolução das taxas de desvalorização de cestas comparáveis de automóveis híbridos (HEV), elétricos (BEV) e a combustão (ICE) mensalmente. O objetivo principal é permitir a comparação da desvalorização de automóveis com diferentes tipos de propulsão (a combustão, híbridos e elétricos), tomando como base veículos de mesma idade e características gerais comparáveis (preço quando novo, tamanho, categoria, país de origem, entre outros).
São Paulo – O IQA, Instituto da Qualidade Automotiva, ampliou sua área de atuação com o lançamento de braço dedicado à formação e à capacitação de empresas e profissionais do setor automotivo: a Academia IQA. A iniciativa busca alinhar inovação, tecnologia e experiência do usuário em um ambiente de aprendizagem contínua, além de atender a tendências globais de mobilidade.
Por meio da academia serão oferecidos cursos e treinamentos com foco na modernização, produção de estudos técnicos, realização de pesquisas de mercado, criação de vitrine institucional para profissionais do setor e organização de eventos com curadoria especializada.
O objetivo é, também, ampliar as comissões técnicas do IQA com troca de experiência por especialistas, empresas líderes do mercado e instituições parceiras para estimular a consolidação de boas práticas em toda a cadeia.
São Paulo – As fabricantes de veículos instaladas na Argentina produziram 332 mil 35 unidades de janeiro a agosto, 6,2% acima do mesmo período em 2024. Embora o dado seja positivo no acumulado até julho a alta era de 10,1%. Os dados foram divulgados pela Adefa, que representa as montadoras no país vizinho.
A desaceleração pode ser explicada pela produção do mês passado, de 44 mil 545 unidades, que ficou 13,8% aquém do volume de agosto de 2024. Na comparação com julho, no entanto, houve alta de 20%.
A quantidade de veículos exportados nos oito meses do ano, 173 mil 382 unidades, está 7,7% abaixo do mesmo período de 2024. Somente em agosto foram exportados 25 mil 503 veículos, queda de 22,1% na comparação anual, mas incremento de 39,9% na mensal.
“No acumulado de janeiro a agosto as exportações são o único pilar com desempenho negativo na comparação interanual. O setor avança, portanto, visando à melhoria contínua da competitividade, com foco na redução da carga tributária nos níveis nacional, estadual e municipal.”
Trata-se de fator-chave para impulsionar a competitividade sistêmica do setor, segundo Zuppi, que ressaltou trabalho da entidade com o Ministério das Relações Exteriores para expandir o acesso aos mercados internacionais, uma vez que a Argentina continua a ter uma rede limitada de acordos de livre comércio, “o que restringe oportunidades em comparação com concorrentes na região e ao redor do mundo”.
São Paulo – Com o recorde mensal de vendas em agosto, 9,8 mil veículos emplacados, a BYD somou 66,4 mil unidades comercializadas no acumulado do ano, crescimento de 48,2% sobre o mesmo período do ano passado, e superou a Honda no ranking brasileiro de automóveis e comerciais leves, garantindo a oitava posição. No mês a marca foi a sétima mais vendida, superando também a Jeep.
Em doze meses, segundo a empresa, foram vendidos mais de 100 mil veículos BYD no mercado brasileiro. Segundo o vice-presidente Alexandre Baldy a mira está no topo: “Os resultados dos últimos doze meses revelam que os brasileiros realmente confiam e apostam em nós. Hoje somos a marca que mais cresce por aqui e o próximo passo será liderar o mercado nacional”.
A Honda, agora na nona colocação, também registrou bom desempenho, com avanço de 19,2% nas vendas de janeiro a agosto e 65,5 mil emplacamentos. A Nissan caiu da oitava para a décima posição, com recuo de 16% nas vendas.
Das dez marcas mais vendidas no País cinco registraram crescimento: além de BYD e Honda a líder Fiat, a vice-líder Volkswagen e a Renault, sexta colocada.
A Chevrolet continua com saldo negativo: queda de 14,9% nos primeiros oito meses do ano e 166,2 mil emplacamentos, 100 mil a menos do que a VW, vice-líder.
São Paulo – Pelo terceiro mês consecutivo, e o quinto em 2025, o Volkswagen Polo ocupou o degrau mais alto no ranking de modelos leves do mercado brasileiro. Com o impulso das vendas do programa Carro Sustentável os emplacamentos somaram 12,9 mil unidades, o que garantiu a liderança e deixou a Fiat Strada, com 11,8 mil, na segunda posição.
No acumulado do ano, porém, a picape produzida em Betim, MG, mantém a primeira colocação: 87,4 mil licenciamentos de janeiro a agosto contra 83,1 mil do hatch fabricado em São Bernardo do Campo e Taubaté, SP. Como a picape não teve o IPI zerado, ao contrário de algumas versões do hatch, a disputa ainda está em aberto.
Completou o pódio o Fiat Argo, também no Carro Sustentável, com 10,1 mil licenciamentos.
Na quarta posição uma surpresa: o SUV Toyota Corolla Cross registrou 7,7 mil emplacamentos e foi o mais vendido do segmento. Deixou para trás o VW T-Cross, que vinha sendo o utilitário esportivo líder, e modelos tradicionais das primeiras posições como Hyundai HB20 e Chevrolet Onix, ambos com versões habilitadas ao IPI zero.
Rio de Janeiro – Junto com os híbridos chegam às concessionárias Peugeot a linha 2026 do 208 e 2008. O hatch passa a contar com quatro versões, incluindo a inédita Active T200 AT e o SUV tem três configurações disponíveis.
O 208 parte de R$ 92 mil, na versão Style com motor 1.0 aspirado e câmbio manual de cinco marchas, e vai até R$ 127 mil na configuração GT T200 Hybrid AT com motorização híbrida leve, que é a topo de gama. Já o SUV 2008 de entrada custa R$ 134 mil e a configuração topo de linha, a GT T200 Hybrid AT, custa R$ 163 mil.
Veja abaixo todas as versões, preços e itens de série de cada versão:
Peugeot 208 Style 1.0 MT – R$ 92 mil – Ganhou faróis de led e soleiras em alumínio na linha 2026 e oferece itens como luzes de condução diurna, ar-condicionado, volante multifuncional, teto panorâmico e kit multimídia i-Connect com tela de 10,3 polegadas.
Peugeot Active T200 AT – R$ 109 mil – Acrescenta ar-condicionado digital e automático, luzes de condução diurna em Led, rodas de liga leve aro 16, motor 1.0 turbo de 130 cv de potência e câmbio automático.
Peugeot Allure T200 AT – R$ 118 mil – Ganhou novo sistema multimídia i-Connect Advanced de 10,3 polegadas, faróis em led, rodas de liga leve diamantadas aro 16 e teto panorâmico. A versão também tem partida por botão, chave presencial, carregador por indução, bancos em tecido e volante e painel com acabamento em couro.
Peugeot GT T200 Hybrid AT – R$ 127 mil – Traz como novidade o sistema híbrido, quadro de instrumentos digital que mostra o funcionamento do sistema, serviços conectados por meio do aplicativo My Peugeot.
Linha 2026 do Peugeot 2008
Peugeot 2008 Active T200 AT – R$ 134 mil – Tem como novidade uma cor cinza, mudanças na tela do quadro de instrumentos digital, novo revestimento dos bancos e novos faróis halógenos com luzes de condução diurna em led. Outros itens de série são freio de estacionamento eletrônico, quatro airbags, interior escurecido, câmara traseira e kit multimídia i-Connect de 10,3 polegadas.
Peugeot 2008 Allure T200 AT – R$ 144 mil – As novidades são os bancos em couro, carroceria biton, carregador de celular por indução, chave presencial com sensor de aproximação, câmara 360º e sensor de estacionamento dianteiro. O SUV também oferece alerta de ponto cego, e sistema ADAS com tecnologias que auxiliam o motorista na condução.
Peugeot 2008 GT T200 Hybrid AT – R$ 163 mil – Além da tecnologia híbrida leve o veículo oferece carroceria biton, teto solar panorâmico, seis airbags, alerta de colisão, frenagem automática de emergência, leitor de placas, alerta e correção de faixa, novo kit multimídia i-Connect Advanced de 10,3 polegadas, quadro de instrumentos digital e 3D.
Rio de Janeiro – Depois da Fiat, com o Pulse e o Fastback, a Stellantis decidiu ampliar a sua oferta de modelos híbridos flex com a Peugeot, que atacou a base do mercado. O 208 é o primeiro hatch compacto eletrificado produzido no Mercosul, em El Palomar, Argentina, e chega às concessionárias por R$ 127 mil com a tecnologia Bio Hybrid.
Outro modelo, também argentino, a receber a tecnologia foi o 2008, que será vendido por R$ 163 mil em sua configuração híbrida.
O sistema é o mesmo dos Fiat: MHEV, ou híbrido leve, composto por bateria ions de lítio de 12 volts e um pequeno alternador elétrico de 3kW, que trabalham em conjunto com o motor 1.0 turbo de 130cv e transmissão CVT. O auxílio à combustão ocorre em momentos como na hora da partida e nas paradas, pois cada vez que o start-stop é acionado o carro aciona o sistema elétrico. Ele também recupera energia para as baterias nas frenagens e desacelerações.
Segundo dados da Peugeot com a tecnologia é possível reduzir o consumo de combustível em até 10% no ciclo urbano, emitindo 8% menos CO2, na comparação com o modelo 2025, que não tinha nenhum tipo de assistência elétrica para o motor. Desta forma o consumo do 208 é de 13 km/l na cidade e de 13,8 km/l na estrada quando abastecido com gasolina, e o do 2008 é o mesmo na cidade e na estrada cai para 13,7 km/l.
Peugeot 208 híbrido leve
As versões topo de linha do 208 e do 2008 passam a ser vendidas com o sistema híbrido leve no catálogo 2026 e deverão representar 20% e 30% dos emplacamentos anuais, respectivamente, de acordo com a vice-presidente da Peugeot para América do Sul, Fabiana Figueiredo, que vê espaço para crescer:
“No caso do 208 é o primeiro B hatch eletrificado do segmento, então queremos ver como será o desempenho dele no mercado e a aceitação do público, mas temos uma grande oportunidade de crescimento”.
Para produzir os novos modelos híbridos na fábrica de El Palomar, na Argentina, não foi necessária nenhuma alteração na plataforma CMP. No 208 foram promovidas alterações no cofre do motor para instalar o sistema híbrido.
As versões híbridas do 208 e do 2008 serão vendidas no mercado argentino em algum momento de 2026, de acordo com a vice-presidente, que não revelou a data de lançamento.
São Paulo – O difícil cenário econômico, que mantém no patamar de 15% ao ano a taxa básica de juros, somado à maior restrição de concessão de crédito frente ao aumento da inadimplência, contribui para acentuar a queda nas vendas de caminhões: de janeiro a agosto foram emplacados 72,2 mil veículos, 6,6% abaixo dos 77,4 mil do mesmo período de 2024.
Os dados foram divulgados pela Fenabrave na quarta-feira, 3. Ao longo do mês passado as vendas totalizaram 8,8 mil unidades, 21,7% menos do que em agosto de 2024, quando 11,2 mil foram comercializadas. Na comparação com os 10,4 mil caminhões emplacados em julho o recuo é de 15,7%.
Na avaliação do presidente da Fenabrave, Arcélio Júnior, os números refletem o crédito caro e a maior seletividade das empresas nos investimentos: “O agronegócio também não favorece este segmento, que reage quando as condições melhoram, e estão enfrentando desafios importantes neste ano”.
Embora no acumulado do ano os emplacamentos de ônibus estejam com saldo positivo, com 18,9 mil unidades, 10,1% acima de igual período de 2024, no mês passado as vendas recuaram. Foram comercializadas 2 mil unidades, 28,8% abaixo das 2,8 mil registradas em agosto de 2024 e 25,4% aquém das 2,7 mil de julho.
Segundo Arcélio Jr o bom resultado de janeiro a agosto mostra a retomada gradual em linhas urbanas e de fretamento, mas a redução do ritmo de crescimento, inclusive nas vendas diárias, deve-se às vendas já realizadas do programa Caminho da Escola:
“Isto já era previsível”.
Na ocasião da revisão das perspectivas, em julho, a Fenabrave optou por manter a expectativa de alta de 6% nas vendas de ônibus em 2025, somando 29,3 mil unidades.