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Veículos
26/02/2018

Scania persegue 30% de crescimento

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Foto Jornalista  Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

Cerca de 30% é o tamanho do crescimento que as fabricantes de caminhões escolheram como meta para 2018, um nível acima das expectativas da Anfavea para o ano, coisa de 24,7%. Na semana passada a Volvo foi a primeira a manifestar otimismo com relação às vendas para o ano. Na segunda-feira, 26, foi a vez da Scania seguir o mesmo caminho, e os números das vendas recentes sinalizam para a possibilidade de alcançar o resultado que pretende.

 

Animam a companhia os negócios fechados desde a Fenatran, em outubro. Segundo Roberto Barral, diretor geral da Scania Brasil, foram 1 mil 350 veículos vendidos no período que compreende o início da feira e dezembro: “Parte do volume é fruto de negócios fechados na Fenatran, outra parte surgiram de conversas que se iniciaram durante o evento”.

 

Ele revelou que transportadores avaliaram a possibilidade de aumento da demanda nos setores de grãos e de cargas industriais e enxergaram panorama favoravel à renovação de suas frotas de forma antecipada: “Havia uma demanda reprimida no passado causada pelo fraco comportamento de vários setores da economia. Com a possibilidade de mais negócios em 2018 veio também a necessidade de investir”.

 

Do total vendido a partir da Fenatran, por volta de 1 mil veículos foram comprados por seis empresas que atuam nos segmentos apontados como os mais promissores em termos de negócios para o ano, agro e cargas industriais: G10, 1500, Jolivan, Kothe, Tombini, Trans Maroni e Cavalinho. Os caminhões começaram a ser entregues em janeiro e o processo deve durar até dezembro: saem de fábrica com os novos motores de 450 cv e 510 cv, lançados no ano passado.

 

Diante do volume de emplacamentos já feitos este ano o planejamento de crescer 30% se torna ideia razoável, uma vez que a essa quantidade representa cerca de um terço do volume de caminhões pesados que a empresa vendeu no acumulado do ano passado: 3 mil 542 unidades.

 

O setor de mineração também é visto como outro que pode alavancar as vendas da empresa no País, embora proporcione negócios de menor volume. De acordo com Ricardo Vitorasso, diretor de vendas de caminhões da companhia, o modelo Heavy Tipper, lançado em 2017, tem sido procurado por grandes mineradoras que precisam renovar frota: “O setor de mineração busca veículos que ofereçam menor custo operacional, e as empresas entram em contato buscando informações sobre os modelos da linha”.

 

Preços – A Scania exerceu uma certa elevação de preços de seus veículos este ano em função do preço do aço e de outros insumos que exercem pressão principalmente na operação dos fornecedores: “O preço dos produtos acabados exerce pressão sobre o preço do nossos caminhões. Os laminados de aço são outros exemplos de insumos que devem elevar os custos de produção”.

 

Foto: Divulgação.