Segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, produção se ajustou à demanda
São Paulo – Mesmo com cinco layoffs e quatro fábricas com férias coletivas a produção brasileira de veículos conseguiu manter estabilidade em julho na comparação com julho. O feito foi comemorado pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, em entrevista coletiva à imprensa na segunda-feira, 7: “Em maio as fábricas produziram um pouco mais por causa da MP 1 175 e de toda a discussão que havia sobre o programa de descontos do governo. Naturalmente em junho e julho o volume se acomodou de acordo com a demanda”.
Saíram das linhas de montagem 183 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus no mês passado, 3,3% menos do que as 189,2 mil unidades de junho. Comparado com julho do ano passado o ritmo das linhas subiu 16,4%. Em maio, mês citado pelo presidente como uma antecipação de produção para atender à demanda por veículos com desconto, as montadoras produziram 227,9 mil unidades, o melhor resultado mensal de 2023.
De janeiro a julho foram produzidos 1 milhão 315 mil veículos, contra 1 milhão 310 mil no mesmo período do ano passado, expansão de 0,3% – volume que Lima Leite considerou estável.
A demanda por veículos leves ajudou a manter a produção de veículos positiva nos sete primeiros meses, com crescimento de 3,3% ante 2022 e 1 milhão 250 mil unidades produzidas. Caminhões e ônibus sentiram os efeitos da chegada dos motores Euro 6, que tornaram os veículos mais caros, e acumulam queda de 36,2% e 30,5%, respectivamente, de acordo com a Anfavea.
Ao fim de julho as empresas fabricantes de veículos empregavam 99,6 mil trabalhadores, o menor nível registrado desde 2006. O nível ficou estável com relação a junho mas 3,6% menor do que em julho de 2022, perdendo 3,7 mil postos de trabalho em um ano.