AutoData - Exportações: abril foi o segundo melhor mês da história.
Balanço da Anfavea
07/05/2018

Exportações: abril foi o segundo melhor mês da história.

Imagem ilustrativa da notícia: Exportações: abril foi o segundo melhor mês da história.
Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

Abril foi o segundo melhor mês na história das exportações brasileiras de veículos, de acordo com os dados divulgados pela Anfavea na segunda-feira, 7. Foram exportados 73 mil 152 veículos, uma expansão de 19,5% na comparação com igual período do ano passado, e, diante de março, o crescimento foi de 8,4%.

 

No acumulado foram 253 mil 359 embarques, contra 235 mil 646 unidades no mesmo período do ano passado, crescimento de 7,5%. Segundo o presidente Antônio Megale a alta no quadrimestre foi relevante: “O volume de exportações no período superou em muito a média de embarques do quadrimestre dos últimos dez anos, 153 mil veículos”.

 

Apesar dos resultados positivos, o setor ligou o sinal de alerta por causa da alta do dólar e da taxa de juros na Argentina, principal parceiro comercial do Brasil no setor automotivo: “Estamos preocupados e analisando com cautela a situação, pois o câmbio volátil e os juros maiores na Argentina podem afetar as exportações brasileiras. Mas, até agora, não houve nenhuma mudança no planejamento das empresas”.

 

Com relação aos principais destinos dos veículos nacionais à Argentina correspondeu 75% do volume exportado, com o México em segundo, 7%, Chile, 5%, Uruguai, 4%, e Colômbia, 3%.

 

Caso Flex – O acordo de comércio de veículos Brasil-Argentina previa que, a cada US$ 1,50 que fosse exportado pelo Brasil, US$ 1 fosse importado. Com a crise dos últimos anos no mercado brasileiro e a retomada das vendas na Argentina essa correlação ficou desbalanceada, chegando em US$ 2 exportados para cada US$ 1 importado, gerando desconforto. Diante dessa situação, Megale afirmou que é necessário defender acordos com prazos maiores para que uma possível crise em um dos países não afete os números de exportação e importação.

 

De acordo com ele o ideal seria o livre comércio envolvendo os dois países, para que questões como essa não gerassem problemas para indústria. O executivo também acredita na unificação dos mercados no futuro, assunto que já foi discutido em Seminário AutoData, para que um veículo produzido no Brasil ou na Argentina possa ser vendido em ambos os países sem precisar de mudanças ou adaptações.

 

Foto: Ivan Bueno/APPA.