São Paulo – Os chassis de ônibus urbanos Agrale e Mercedes-Benz passarão a contar com opção de transmissão automática da Allison. Evaldo Oliveira, diretor para a América do Sul, acredita no potencial do segmento no mercado brasileiro, mas pondera que a demanda dependerá do posicionamento de preço dos modelos:
\”Acreditamos que os veículos ficarão em torno de 10% mais caros. Assim, em três anos o frotista recupera o investimento a mais, porque as manutenções são menos frequentes do que as com a transmissão manual e garantem que o ônibus fique menos tempo parado e trabalhando mais para a empresa”.
Mas como o preço é determinado pela montadora, não cabe à Alisson, a fornecedora do componente, garantir como será a aceitação do mercado. Mas, ainda com base na estimativa de 10% de incremento no preço com relação ao manual, Oliveira calcula que em cinco ou seis anos os ônibus urbanos automáticos chegarão a 6 mil unidades por ano, representando em torno de 50% do segmento.
Algumas empresas já estão testando o câmbio automático, que vem importado dos Estados Unidos. A Viação Del Rey, que atua em Carapicuíba, SP, já tem algumas unidades circulando. \”As empresas que estão testando o modelo já podem perceber que é um benefício para todos: as viações gastam menos com manutenção, prestam um serviço de transporte muito melhor para os passageiros e os motoristas não se desgastam tanto enquanto trabalham, além de manter as duas mãos no volante quase o tempo todo\”.
Outro ponto importante é o consumo de combustível. Segundo a Allison em aplicações severas como as de Carapicuíba, região com muitas descidas e subidas, o consumo supera em 4% o de um ônibus com transmissão manual. Já em aplicações que exigem menos dos veículos, o consumo pode até ser igual ou até melhor do que o do modelo com câmbio manual.
Foto: Divulgação.
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