AutoData - Ar-condicionado puxa demanda por fluidos refrigerantes
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23/11/2018

Ar-condicionado puxa demanda por fluidos refrigerantes

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Foto Jornalista  André Barros

André Barros

São Paulo – A sofisticação da frota brasileira de veículos ajudou os negócios da Chemours, maior fornecedora de fluidos refrigerantes do mercado local – popularmente conhecidos como gás de ar-condicionado. Embora as vendas de veículos tenham apresentado queda nos últimos anos, a demanda por modelos com climatização cresceu, fazendo com que, mesmo no pior ano de vendas, os negócios da fornecedora ficassem estáveis ou caíssem apenas um pouco.

 

“Hoje 95% dos carros vendidos no Brasil possuem ar-condicionado”, disse Mauricio Xavier, presidente da Chemours do Brasil. “Este ano devemos fechar em recuperação e em 2019 as vendas certamente serão melhores”.

 

Quase todas as montadoras usam os fluidos refrigerantes fornecidos pela Chemours, antiga divisão da DuPont. Ela abastece a primeira carga e também boa parte da reposição – embora esse segmento, segundo Xavier, tenha sido invadido nos últimos anos por produtos importados, em boa parte de má qualidade, mas mais em conta ao consumidor.

 

O presidente deseja maior regulamentação deste mercado, tendo em vista o potencial destrutivo desses gases importados para o meio-ambiente. A intenção da Chemours é difundir no País o fluido HFO-1234yf, que tem zero potencial de degradação pela camada de ozônio e baixo potencial de aquecimento global. Na Europa a maior parte da frota já sai com esse gás — presente também em alguns modelos importados, especialmente os do segmento premium.

 

“Ainda comercializamos por aqui o R-134A, um HFC, hidrofluorcarbono. Embora gere menos dano à camada de ozônio do que um clorofluorcarbono, CFC, ou um hidrofluorcarbono, HCFC, que eram usados antigamente, ainda possui alto potencial de aquecimento global e contribui para o efeito estufa”.

 

Xavier gostaria que a regulação desse segmento fosse incluída em políticas automotivas – no Rota 2030, por exemplo, não há nenhuma menção a isso. Até porque a forma de cálculo por aqui, de eficiência energética, não envolve fluidos refrigerantes – ao contrário do mercado estadunidense, por exemplo, onde os gases podem ajudar a alcançar as metas de redução de emissões.

 

Foto: Divulgaçãp;