AutoData - Rota 2030 poderá ter mais incentivos para híbridos flex
Tecnologia
05/12/2018

Rota 2030 poderá ter mais incentivos para híbridos flex

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Foto Jornalista Caio Bednarski

Caio Bednarski

São Paulo – Enquanto a indústria automotiva aguarda a sanção presidencial do Rota 2030 a AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, projeta que o incentivo aos veículos híbridos e elétricos, previsto no programa, ajude a promover o desenvolvimento da tecnologia híbrido flex no País.

 

Segundo o presidente Edson Orikassa o texto do programa traz uma medida que dará mais incentivo às montadoras que desenvolverem o híbrido flex do que àquelas que usarem o sistema híbrido comum, aliado a um motor a gasolina. “Esses incentivos ainda não foram definidos, mas a expectativa é a de que o presidente sancione o programa com essa medida para promover o desenvolvimento dessa tecnologia no Brasil.”

 

Segundo Orikassa essa demanda não era do setor automotivo, mas dos produtores de etanol, representados pela Unica, defensora dos avanços dessa tecnologia. Para o presidente da AEA os investimentos em P&D, pesquisa e desenvolvimento, que não serão obrigatórios, são um avanço com relação ao Inovar-Auto, que englobava apenas as montadoras: no caso do Rota 2030 toda a cadeia automotiva, incluindo produtores de peças e componentes, poderá ser beneficiada.

 

As empresas que decidirem investir em P&D poderão trazer os valores de outros países, desde que sejam usados no Brasil, e também poderão contratar empresas terceirizadas e universidades para desenvolverem as pesquisas, de acordo com Marcos Clemente, diretor da entidade:

 

“Teremos também o PPP, Projeto e Programa Prioritário, que será um fundo no qual as empresas poderão depositar valores destinados a P&D para que outras usem para avançarem em questões prioritárias, que serão definidas pela comissão do PPP. A comissão do PPP será formada por integrantes de diversas áreas do setor automotivo que, juntos, decidirão quais serão os principais focos dos investimentos.”

 

Em outro ponto abordado, a eficiência energética, a AEA acredita que os avanços cobrados das montadoras ficarão em torno de 11%, próximo ao que foi exigido durante o Inovar-Auto – para as empresas que superem esse índice haverá bônus de IPI. Quem não alcançar a meta sofrerá penalidades.

 

A entidade informou que as metas e exigências serão iguais para todos, fabricantes e importadores: modelos vindos de outros países terão que apresentar a evolução energética definida no programa.

 

Foto: Divulgação.