São Paulo – Após lançar no mercado onze modelos Chevrolet este ano a General Motors promete para 2020 sete novidades. Os Equinox Midnight e Equinox 1.5 turbo, apresentados na noite de quinta-feira, 5, cumprem a promessa feita pelo presidente Carlos Zarlenga no fim do ano passado – completam a lista Camaro Cupê, Camaro Conversível, Cruze, Cruze Sport6, Joy, Joy Plus, Onix, Onix Plus e o elétrico Bolt.
A liderança no mercado brasileiro, agora por cinquenta meses consecutivos, foi mantida, bem como o carro mais vendido do País – posto ocupado pelo Onix, que chega à nova geração com boa distância ao segundo colocado. O que não se concretizou foi o objetivo de retornar ao lucro em 2019. Zarlenga aponta fatores alheios à companhia, especialmente a variação cambial, para justificar o desempenho financeiro. Não fosse dólar alcançar o seu pico histórico de valorização, garante o executivo, “estaríamos bem mais perto do nosso objetivo, que é retomar a lucratividade”.
Do portão para dentro foram inúmeras as medidas tomadas para corte de custos, ganho de eficiência e aumento de competitividade. E, mesmo diante de um mercado ainda em recuperação, a GM conseguiu reajustar o preço médio dos modelos Chevrolet acima da inflação, garante o presidente para a América do Sul.
“A chave para resolver essa exposição à flutuação cambial é melhorar a nossa competitividade para ampliar a exportação. As conversas com o governo a respeito do Reintegra estão evoluindo bem, assim como as medidas de desburocratização no geral”.
Há boas notícias para as exportações: ao menos um dos lançamentos de 2020 será enviado, também, para o mercado mexicano. “Terá um volume significativo”.
A matriz deu voto de confiança ao aprovar investimento de R$ 10 bilhões no Estado de São Paulo, que começará a ser aplicado no ano que vem, até 2024, após a GM conseguir acordos com trabalhadores, concessionários, fornecedores e governo. E seguem as perspectivas positivas para o mercado brasileiro em 2020.
Segundo Zarlenga as vendas de veículos, somados caminhões e ônibus, deverão crescer de 5% a 6% para 3 milhões 50 mil unidades. “Com crescimento maior no varejo do que nas vendas diretas”, apoiado pelas perspectivas de alta mais elevada do PIB em 2020, de 2% a 2,5%, queda na Selic, do desemprego e aumento da confiança do consumidor.
Os planos futuros do presidente para a América do Sul envolvem, também, uma maior integração da cadeia produtiva na região, da qual a GM também é líder em vendas. O Onix e o Onix Plus, por exemplo, seguirão para “Peru, Chile, Colômbia, Equador, Argentina, para todo o lado”. E há planos de investimentos nas fábricas da Colômbia e Equador para atender, também, o mercado brasileiro.
E a Argentina? Zarlenga pede pragmatismo. Não crê, porém, em nova queda nas vendas – que até fecharão um pouco acima do estimado, na casa das 460 mil a 470 mil unidades. “A recuperação não será em U. Creio em um cenário de manutenção dos volumes deste ano em 2020”.
Foto: Christian Castanho.
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