AutoData - Kia muda a rota para crescer no mercado brasileiro
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28/01/2020

Kia muda a rota para crescer no mercado brasileiro

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Foto Jornalista  André Barros

André Barros

Guarulhos, SP – No auge, antes da entrada em vigor do Inovar Auto, a Kia Motors chegou a vender no Brasil mais de 80 mil veículos em um ano. No ano passado, foram 9 mil 274 emplacamentos, pouco mais de 10% deste volume histórico. Naturalmente a rede de concessionários encolheu, pela metade. Mas a fábrica do México e a perspectiva de novidades que podem mexer com o mercado reanimaram o empresário José Luiz Gandini, representante da marca aqui. Em dezembro o executivo José Luiz Vendramini foi contratado para o cargo de diretor de planejamento de rede com uma missão: reestruturar a rede Kia no País.

 

Encontrou uma rede com oitenta pontos de venda distribuídos por 45 grupos, que cobrem 61% do território nacional. De cara traçou uma meta: ampliar a cobertura geográfica com a abertura de novos pontos, que não necessariamente precisam ser concessionárias completas.

 

“Em cidades menores podemos oferecer pontos de vendas mais enxutos, somente com showroom ou com showroom e um ou dois boxes de serviço, para fazer o básico de manutenção da garantia”, disse Vendramini. “Seria administrado pelo mesmo grupo que, em uma cidade próxima, com mercado maior, tivesse uma concessionária completa, com oficina.”

 

A ideia é abrir, em 2020, quinze novos pontos de vendas dos mais variados tipos. O presidente Gandini não descarta incluir as concessionárias digitais no plano, embora acredite que o brasileiro ainda tenha restrições quanto a esse tipo de negócio. Oficinas credenciadas em algumas regiões também fazem parte dos planos.

 

Não é uma estratégia ousada: Gandini admite que o câmbio restringe as operações da Kia no Brasil. “A moeda está na casa dos R$ 4,20. Esperamos ao menos que estabilize em algum patamar para dar uma direção aos negócios”.

 

O plano é vender 12 mil unidades Kia este ano, cerca de 40% importados do México – Cerato e Rio, que chegam sem imposto de importação. O carro-chefe Sportage deverá seguir como líder em vendas e a operação do Uruguai, que produz o caminhão Bongo, começa a ganhar mais importância: “Temos conversas para produzir um novo modelo no Uruguai. Ainda são preliminares, mas a ideia é montar um carro de passeio mesmo”.

 

As importações da Coreia continuam. Ainda em 2020 os primeiros modelos híbridos Kia deverão desembarcar – é um segmento em que Gandini aposta bastante para os importados, pois ainda concorre de igual para igual com empresas que possuem fábricas aqui, uma vez que a maior parte dos modelos vem de fora. E qualquer carro produzido no México torna-se, automaticamente, candidato a chegar ao mercado brasileiro.

 

Foto: Divulgação.