São Paulo – As novas estimativas para o mercado europeu de veículos divulgadas pela Acea, entidade que representa as fabricantes do continente, divulgadas na terça-feira, 23, indicam que o consumo recuará cerca de 25%, para 9,6 milhões de veículos leves. Em 2019 as vendas na região alcançaram 12,8 milhões de unidades e o volume perdido, de um ano para o outro, chegará a 3,2 milhões de veículos, o equivalente ao resultados dos mercados brasileiro e argentino, somados, em 2019.
Apesar da revisão nos números a Acea mantém esperança de que essa queda não seja tão acentuada.
“Este cenário dramático pode ser mitigado por meio de rápidas e fortes medidas da União Europeia e dos governos nacionais”, afirmou o diretor geral, Eric-Mark Huitema, em nota. “São urgentemente necessários incentivos à compra e renovação de frota em toda a União Europeia para criar uma demanda por carros novos. Pedimos apoio político e econômico, necessário para limitar os danos à produção e ao emprego nos próximos meses.”
O mercado europeu acumula queda de 41,5% nas vendas até maio, comparado com o mesmo período do ano passado. As medidas de isolamento e bloqueio para evitar a propagação do novo coronavírus foram as principais razões para a retração – e, com a reabertura econômica da maior parte dos países da região, a expectativa é a de que essa situação melhore nos próximos meses.
De toda forma a projeção da Acea para o mercado europeu representa o pior resultado desde 2013, quando o setor acumulou seis anos consecutivos de declínio por causa da crise econômica de 2008-2009. Em termos de variação porcentual os 25% estimados são o pior resultado de um ano para o outro na história da indústria automotiva europeia.
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