São Paulo – Com os números do fechamento do terceiro trimestre em mãos a Anfavea revisará suas projeções para mercado interno, produção e exportações em 2020. Segundo o presidente Luiz Carlos Moraes uma atualização dos prognósticos da entidade, agora com uma visão menos enevoada do futuro, será divulgada na próxima coletiva à imprensa, em outubro.
Moraes não quis adiantar, mas deverão ser números, ao menos do mercado interno, melhores do que os divulgados em julho, que indicavam queda de 40% nas vendas domésticas, 45% na produção e 53% nas exportações.
O executivo apontou indícios de licenciamentos represados dos últimos meses ainda no resultado de agosto – quando os emplacamentos somaram 183,4 mil unidades, avanço de 5% sobre julho e queda de 24,5% na comparação com agosto do ano passado – o que fez a entidade ainda manter cautela com relação a números mais positivos, embora outros executivos do setor já falem em vendas na casa das 1,9 milhão de unidades em 2020.
De janeiro a agosto foram emplacados 1 milhão 166 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, volume 35% inferior ao do mesmo período do ano passado. A Anfavea estima fechar o ano com 1 milhão 675 unidades, o que aponta uma média de 127,5 mil veículos emplacados em cada um dos quatro meses que restam para o fim de 2020.
Como exemplo para justificar a postura mais cautelosa Moraes mostrou o resultado do Estado do Piauí em agosto: 4,2 mil unidades, 18% acima de julho: “Aquele Estado vivia vinte semanas sem ritmo normal de licenciamentoa. Então ainda tem resíduo de emplacamentos represados. Monitoramos dia a dia essa situação para ter um diagnóstico mais preciso do mercado e poder projetar o futuro”.
Os estoques seguem abaixo da média histórica: fecharam agosto com 140,2 mil unidades, suficientes para abastecer 23 dias de vendas. Normalmente o índice flutua acima de trinta dias.
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