São Paulo – Dois temas simpáticos à indústria automotiva, que são bandeiras históricas do setor, caminharam dentro das esferas do governo e deixaram otimista o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes: a tão planejada renovação de frotas de caminhões e as medidas que visam ao combate das ineficiências que geram o custo Brasil.
O projeto piloto de renovação de frotas deverá ganhar corpo ainda este mês, segundo indicaram representantes do governo à entidade. As reuniões com os envolvidos, que incluem representantes da Anfavea e outras entidades, são semanais e o tema tem avançado bastante, de acordo com Moraes.
“Acreditamos num projeto piloto para que a renovação de frota comece a rodar e possamos calibrar o programa. O foco deve ser no autônomo, para que troque o produto que polui mais por um com tecnologias mais avançadas, que emitam menos poluentes.”
Moraes afirmou que renovar a frota de caminhões deverá trazer ganhos sociais, econômicos e ambientais. Ele admite que não espera muitas trocas por modelos 0 KM, mas avanços dentro da própria escada do segmento.
Com relação a medidas que buscam combater o custo Brasil a iniciativa do Ministério da Economia, de nomear uma pessoa e criar uma divisão que ataque essas ineficiências, é um sinal extremamente positivo, na opinião do presidente da Anfavea: “É a primeira vez que o governo busca focar direto este tema, que atrapalha toda a indústria. Jorge Lima [subsecretário de ambiente de negócios e competitividade] tem experiência no setor privado e apoia a indústria”.
Para Moraes “é uma obrigação da Anfavea colaborar com o tema”, que, admite, não deverá ter solução rápida e nem plena: “Alguns pontos são mais fáceis de ser resolvidos, pois dependem de decretos e portarias. Outros demandam aprovação de projetos de lei no Congresso. Se até 70% das questões forem bem encaminhadas até 2022 já será uma boa notícia”.
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