São Paulo – O ritmo do mercado brasileiro nas últimas semanas já aponta para a projeção de vendas da Toyota em 2021: 2,5 milhões de unidades, segundo seu presidente para o Brasil, Rafael Chang. 2020, na sua avaliação, fechará na casa dos 2 milhões de veículos, em uma reação superior à estimada pela companhia nos primeiros meses de pandemia.
“Desde o fim de setembro e outubro o mercado brasileiro já roda no ritmo de 2,5 milhões de unidades”, disse o executivo em entrevista por videoconferência para jornalistas após o lançamento da versão 2021 da Hilux na terça-feira, 17. “Esta é a nossa projeção para 2021, caso a segunda onda da covid-19, que já afeta a Europa e Estados Unidos, não chegue aqui. E torcemos para ela não chegar.”
Se ela chegar, avalia Chang, medidas semelhantes às tomadas no segundo trimestre precisarão ser adotadas: “A prioridade será sempre a segurança e a saúde dos nossos funcionários. Depois avaliamos a reação das fábricas, fornecedores e concessionários”.
A reação da Toyota com relação à retomada das atividades, mais tardia do que a das concorrentes, explica o desempenho de vendas abaixo da média do mercado: enquanto as vendas de automóveis e comerciais leves recuaram 30% até outubro, a Toyota registrou queda de 39%: “Reabrimos as fábricas um pouco depois. Antes da pandemia nosso desempenho estava como planejado”.
As vendas da empresa deverão fechar o ano na casa das 130 mil unidades. Para 2021 Chang projeta 180 mil, se a segunda onda não vier. E a produção de 50 mil Corolla em Indaiatuba, SP, que tem capacidade para 70 mil veículos, e mais 120 mil em Sorocaba, SP, o teto da fábrica que monta Etios, Yaris e um novo modelo a partir do ano que vem.
Chang confirmou a chegada desse modelo e reafirmou que os investimentos foram mantidos durante a pandemia, incluindo o aporte de R$ 1 bilhão anunciado no ano passado para Sorocaba. A companhia também fez ajustes necessários para o novo tamanho do mercado: um PDV em Indaiatuba cortou trezentos postos de trabalho e outras trezentas vagas do administrativo, em nível gerencial, foram fechadas — cerca de 10% do quadro anterior à pandemia, de 6 mil funcionários.
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