São Paulo – A Abeifa, associação que representa importadores de veículos, encaminhou à Secretaria Especial de Comércio e Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia um ofício solicitando a redução do imposto de importação dos atuais 35% para 20%. A ideia é compensar, em parte, a valorização do dólar ante o real desde o começo do ano.
“O setor está no limite da exaustão financeira”, afirmou, em nota, João Henrique Oliveira, presidente da entidade. “Algo precisa ser feito para aliviar os grupos empresariais nacionais. Esse cenário nos impõe um pleito inadiável: precisamos que a alíquota do imposto de importação, hoje em 35%, seja reduzida para 20%. Essa medida não se caracterizaria em benefício fiscal. Ao contrário, fortaleceria o Brasil no comércio internacional.”
A entidade destacou que 72% dos veículos importados vendidos no Brasil são provenientes do Mercosul e México, com alíquota zero do imposto de importação por causa dos acordos comerciais bilaterais. Os automóveis de outros países representam apenas 3% das vendas domésticas, nas contas da Abeifa, mas são “capazes de gerar 17,5 mil postos de trabalho, com arrecadações tributárias anuais superiores a R$ 1,2 bilhão”.
As empresas associadas à entidade emplacaram 24,9 mil unidades importadas até novembro, apontou balanço divulgado na terça-feira, 1º. O resultado representa queda de 20% ante igual período no ano passado, quando foram licenciados 31,2 mil unidades.
Apenas em novembro, mostrou o levantamento, os licenciamentos somaram 2,5 mil unidades, um volume que representou queda de 8,7% na comparação com os emplacamentos realizados em novembro de 2019. Na comparação com os licenciamentos de outubro, a queda foi de 4,2%.
Os emplacamentos de modelos produzidos no País por BMW, Caoa Chery, Land Rover e Suzuki, somaram 3,4 mil unidades, alta de 10% ante os emplacamentos realizados em novembro do ano passado e também 10% a mais do que aqueles realizados em outubro. No acumulado do ano o volume emplacado somou 27,2 mil unidades, queda de 7,8% ante o período de janeiro a novembro de 2019.
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