São Paulo — A Localiza registrou queda na receita com a venda de veículos seminovos até março. De acordo com balanço divulgado no fim da tarde de segunda-feira, 3, a receita dessa unidade de negócios no primeiro trimestre foi de R$ 1,5 bilhão, valor 6,6% menor do que aquele verificado em igual período no ano passado.
A receita menor é reflexo da redução das vendas. O CEO Bruno Lazansky justificou o desempenho negativo na terça-feira, 4, via teleconferência, como um sintoma da segunda onda da covid no segmento: "O mercado não respondeu como esperávamos".
O volume vendido pela companhia no primeiro trimeste somou 29 mil unidades, queda de 23% na comparação com a quantidade de automóveis desmobilizados pela empresa no primeiro trimestre de 2020: "Vendemos menos também porque precisamos maximizar o uso do ativo no negócio, considerando que há atrasos na entrega de veículos novos por parte das montadoras".
Dessa forma caiu, também, o volume de veículos comprados pela Localiza. De acordo com o balanço a empresa adicionou à sua frota no trimestre 26,3 mil novas unidades, resultado que representa queda de 36,5% na comparação com o volume de compras realizadas no mesmo período do ano passado. O tíquete médio no período foi de R$ 53 mil alta de 23% na mesma base de comparação.
Embora os indicadores da unidade tenham apresentado perfil negativo a companhia conseguiu diminuir o prejuízo no primeiro trimestre, chegando a R$ 88,3 milhões. No primeiro trimestre do ano passado as perdas somaram R$ 171,9 milhões: "Perdemos R$ 30 milhões em receitas por causa da pandemia. Aumentaram nossos custos com manutenção da frota no trimestre".
Com relação ao segmento de locação a empresa registrou alta de 9,7% na receita líquida, somando R$ 979,3 milhões no primeiro trimestre. O lucro, no entanto, caiu 12% no mesmo período, chegando a R$ 263,7 milhões. A taxa de utilização da frota saltou de 78%, no primeiro trimestre do ano passado, para 80,4%, no primeiro trimestre de 2021. O preço da diária aumentou 16%, chegando a R$ 80,00.
No segmento de gestão de frotas a receita aumentou 9,6%, somando R$ 280,9 milhões. No primeiro trimestre o lucro aumentou 26,8%, chegando a R$ 130,3 milhões. A taxa de utilização da frota destinada aos clientes corporativos saltou de 96,7% para 98,6% no primeiro trimestre.
O resultado consolidado da companhia de janeiro a março mostrou leve alta de 0,1% na receita líquida, que somou R$ 2,7 bilhões. O lucro líquido foi de R$ 482,3 milhões, alta de 109%.
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