São Paulo – Ainda durante a pré-venda a Marcopolo comercializou algumas unidades de sua nova geração de ônibus, apresentada na terça-feira, 20. O primeiro cliente foi a Águia Branca, de Vitória, ES, que também será a primeira operadora a rodar com os novos veículos, segundo o CEO James Belini.
Os próximos passos já estão definidos: road show por todo o Brasil para mostrar aos clientes a nova geração e todos os seus avanços de perto. A aposta da Marcopolo para conquistar os clientes é nos avanços operacionais para as empresas e no conforto para os usuários.
Para o resto da América do Sul e região a empresa também já definiu seus planos, com eventos virtuais programados e, assim que possível, também com road show por esses países. A expectativa é a de que as vendas comecem no primeiro trimestre de 2022, com a Argentina sendo o último país a receber a nova geração, a partir do segundo trimestre, por causa do processo de homologação mais demorado.
Luciano Resner, diretor de engenharia da Marcopolo, espera que essa geração crie uma nova tendência de mercado, assim como foi com a primeira geração. Segundo ele os novos veículos demandaram grandes mudanças no processo produtivo:
"A oitava geração inaugura uma nova forma de se desenvolver produtos na Marcopolo, com equipes multidisciplinares envolvidas no projeto desde o começo. Durante esse processo entrevistamos mais de trezentos clientes no Brasil e de outros países para coletar informações".
A projeção da Marcopolo é a de que, com o avanço da vacinação e o fim da pandemia da covid-19, o mercado de ônibus viva bons momentos até 2025. Essa nova geração foi lançada de olho na retomada, observou João Paulo Ledur, diretor de estratégia digital e transformação: "Estaremos prontos para atender às demandas do mercado com os novos veículos".
A empresa manterá em produção a geração anterior para atender a eventuais demandas dos clientes, que dirão quando chegará o momento de encerrar as vendas, mas os executivos acreditam que isso demorará mais algum tempo. Estão nos planos da Marcopolo, inclusive, até algumas atualizações para a sétima geração.
A falta de componentes que afeta toda indústria automotiva também está no radar da Marcopolo, que aposta em uma estabilidade maior no fornecimento dos próximos meses, considerando que os piores meses já passaram e que, por isso, o cenário não deverá afetar o cronograma de produção da nova e da antiga geração de ônibus.
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