São Paulo — Cerca de 1,8 mil trabalhadores da Fiat em Betim, em Minas Gerais, entrarão em layoff, suspensão temporária do contrato de trabalho, por três meses a partir de segunda-feira, 4 de outubro. De acordo com a Stellantis a medida decorre do impacto da crise sanitária e de suas consequências sobre a economia, “que agravaram a escassez global de insumos, notadamente de componentes eletrônicos, comprometendo a capacidade de manter o ritmo e volume de produção dentro de padrões previsíveis”.
Na semana passada o Sindicato dos Metalúrgicos e Metalúrgicas aprovou junto à fabricante acordo para eventuais layoffs na unidade por dois a quatro meses, até 30 de setembro de 2022, abrangente a todos os 6,5 mil trabalhadores, horistas ou mensalistas.
Quem tiver o contrato suspenso receberá estabilidade pelo mesmo período quando retornar ao trabalho. Enquanto estiver fora da empresa, o profissional participará de programa de requalificação profissional, com aulas online. Quem recebe até R$ 3,5 mil terá seu salário integral: acima deste valor haverá um corte de no máximo 15% durante o período de afastamento. Não haverá alteração no valor da PLR, décimo-terceiro salário nem férias.
São produzidos atualmente na planta mineira os modelos Fiat Argo, Doblò, Fiorino, Grand Siena, Mobi, Strada, Uno e o SUV Pulse, que chegará ao mercado nas próximas semanas. Segundo a Stellantis, é aguardada a normalização dos suprimentos e a retomada dos volumes de produção no menor prazo possível.
Foto: Divulgação.