São Paulo – As onze associadas da Abeifa registraram a venda de 1 mil 871 veículos importados em setembro, volume 14,5% inferior ao de agosto e 34% abaixo do de setembro do ano passado, informou a associação em entrevista coletiva virtual na terça-feira, 5. Com esse desempenho ficou negativo também o comparativo dos acumulados de 2021 com 2020: 0,3%, somando 19 mil 857 unidades.
O que mais vem atrapalhando o mercado, afora o real desvalorizado, é a crise global dos semicondutores. Assim como a produção local reduzida impede o mercado total de avançar as importações também são prejudicadas pois há menos volume disponível para os importadores locais.
Por isso a entidade revisou suas projeções para o ano: em vez de 30 mil unidades, volume estimado no começo do ano, as vendas dos importados de suas associadas ficarão na casa dos 24 mil veículos, em linha com o resultado de 2020. Já descontados os volumes de BMW e MINI, que se desfiliaram da Abeifa e permanecem na Anfavea.
“É um movimento natural”, disse o presidente João Oliveira, após lembrar que a BMW é uma das fundadoras da Abeifa, há mais de trinta anos. “Independentemente de serem associadas ou não associadas todas as importadoras podem se sentir representadas pela Abeifa, que foi criada para representar o automóvel importado no nosso País.”
O presidente acrescentou que a função da entidade é ajudar a difundir novas marcas e tecnologias. Com relação a marcas confessou que existem conversas com a Great Wall, que recentemente confirmou sua chegada ao País com fábrica em Iracemápolis, SP.
Já o foco em novas tecnologias se traduz em número: das 19,9 mil unidades comercializadas de janeiro a setembro pouco mais de 7 mil são de modelos híbridos e elétricos. Oliveira confia que o governo deverá manter, em 2022, a redução de imposto de importação para carros com essas tecnologias enquanto, em paralelo, é debatido desconto também no IPI para os eletrificados.
Dentre as importadoras a Volvo Cars foi a que melhor desempenho registrou de janeiro a setembro, com mais de 6 mil unidades emplacadas. A Kia ficou em segundo lugar, com 3,7 mil, e a Porsche, com 2,6 mil unidades, completou o pódio.
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