São Paulo – Problema que até então parecia não atingir de forma intensa o setor de caminhões a falta de semicondutores, em novembro, gerou menor disponibilidade de produtos nas concessionárias e, diante disso, o volume de vendas ficou 4,8% inferior ao de outubro, que contou com o mesmo número de dias úteis. De acordo com os dados da Fenabrave divulgados na quinta-feira, 2, foram emplacados 10 mil 559 caminhões no mês passado.
Na comparação com novembro de 2020, quando foram comercializados 9 mil 20 unidades, porém, o volume ficou 17% acima. E no acumulado deste ano os 115 mil 376 licenciamentos representam incremento de 45% com relação a igual período do ano anterior, 79 mil 535.
O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, afirmou, na última divulgação de dados do seu mandato – a partir do ano que vem quem assume a presidência da entidade é José Maurício Andreta Júnior –, que a demanda continua aquecida, tanto que algumas montadoras estão trabalhando com prazo de entrega para junho de 2022.
Assumpção Júnior destacou que o crescimento registrado de janeiro a novembro, de 45%, é o maior de todo o setor de distribuição de veículos: “E as vendas continuam aquecidas, em especial, em função da demanda do agronegócio”.
Ônibus – O segmento de ônibus também obteve o maior aumento no volume de emplacamentos em novembro, só que na comparação mensal: 14,4%, com a venda de 1 mil 371 unidades. Frente ao mesmo mês do ano passado, quando foram vendidos 1 mil 744 veículos, no entanto, há queda de 21,4%. E no acumulado do ano, os 16 mil 229 ônibus comercializados estão 2,6% aquém dos 16 mil 688 de 2020.
Assumpção Júnior avaliou que a alta dos licenciamentos no mês passado é uma “ótima notícia para o setor, mas é preciso contextualizar que se trata de incremento inferior a duzentas unidades”: em outubro foram vendidas 1 mil 199, o que dá diferença exata de 172 veículos.
Para ele o comportamento de vendas dos ônibus em novembro se deve ao baixo desempenho do ramo ao longo deste ano: “Acredito que teremos uma visão mais clara sobre a recuperação desse segmento apenas em 2022”.
Foto: Volkswagen Caminhões e Ônibus/Divulgação.