São Paulo – O resultado das vendas de veículos em novembro, 173 mil unidades segundo divulgou a Fenabrave na quinta-feira, 2, interrompeu sequência de cinco meses consecutivos de queda na comparação com o mês anterior: desde abril para maio as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus não cresciam de um mês para o outro.
De outubro para novembro o avanço foi de 6,5%, com os dois meses contando com vinte dias úteis. A alta foi registrada em todos os segmentos, com exceção de caminhões – o que não traz grandes preocupações, segundo a Fenabrave: a demanda continua alta mas há baixa oferta de veículos por parte da indústria, que, com a crise de fornecimento, não consegue produzir em ritmo que acompanhe a demanda.
Até por causa da crise de fornecimento os resultados, quando comparados com novembro do ano passado, são negativos: 23,1% somados todos os segmentos, com destaque para a queda de 29% no licenciamento de automóveis, o segmento mais volumoso e, naturalmente, o que mais sofre com a falta de produtos.
Automóveis e ônibus foram os únicos segmentos a sofrer com o recuo no acumulado do ano, comparado com janeiro a novembro de 2020. Foram emplacados 1,4 milhão de automóveis, 1,3% abaixo do ano passado, e 16,2 mil ônibus, retração de 2,6% na mesma base de comparação.
“A disponibilidade de veículos tem modulado o ritmo do segmento”, disse Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, sobre os automóveis. “Oferta e aprovação de crédito continuam em bons patamares. Já a melhora de vendas de 14,4% nas vendas de ônibus [de outubro para novembro] é uma ótima notícia para o setor. Mas precisamos contextualizar que se trata de um aumento de menos de duzentas unidades.”
São os comerciais que puxam o crescimento da indústria, que deverá fechar o ano com volume próximo das 2 milhões 58 mil unidades comercializadas no ano passado. De janeiro a novembro as vendas de comerciais leves cresceram 27,6%, para 379 mil unidades, e as de caminhões 45,1%, somando 115,4 mil.
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