São Paulo — A Vibra Energia, antiga BR Distribuidora, anunciou uma nova fórmula de aditivação para as gasolinas Grid e Podium desenvolvida em parceria com a Basf, que será comercializada em 8 mil postos de combustível no Brasil. Considerado uma nova geração, o projeto começou a ser desenvolvido desde 2019, inclusive durante a pandemia, depois de coletar informações com algumas centenas de clientes, que apresentaram pontos que a Vibra decidiu focar para avançar: mais limpeza, mais proteção e mais economia.
Com este foco o resultado foi uma nova gasolina aditivada que reduz o desgaste do motor em até 53%. Para chegar a esse índice a empresa testou comparativamente, na prática, motores funcionando com gasolina comum e outros com o novo combustível.
Na comparação com a gasolina aditivada anterior, que já era comercializada nos postos Petrobras, a melhora no desgaste dos componentes teria sido de 17%:
“Foram mais de setecentas horas de testes realizados na Alemanha, no Brasil e nos Estados Unidos. As novas moléculas usadas nos ajudaram a chegar aos porcentuais que registramos”, disse Eduardo Alcazar, analista sênior de produtos e marcas da Vibra. “A nova gasolina reduz a formação de resíduos em até 82%, o que pode trazer benefícios para motores mais rodados, que acumularam resíduos, e ficarão mais limpos.”
As novas gasolinas Grid e Podium já chegaram a alguns postos no Rio de Janeiro, RJ, e a expectativa é de que avance para 90% do território nacional até o fim de abril, com cobertura total dos 8 mil pontos até junho. A produção do combustível é realizada na Alemanha e o processo de importação é considerado um grande desafio logístico, pelo seu volume.
Maurício Fontenelle, diretor de marcas, serviços e desenvolvimento de novos negócios da Vibra, afirmou que conversou durante os dois últimos dias com a base de revendedores, cerca de 5 mil, deixando claro que o preço do combustível não terá alteração, mesmo com as mudanças: “Um dos pontos do projeto era desenvolver uma nova gasolina, mas sem aumentar os custos: isso era proibido porque o preço já está desagradavelmente caro para o consumidor final”.
Durante o lançamento ele foi questionado sobre a transição energética que o setor automotivo está passando, o que, para ele, é uma realidade e avançará. Mas o combustível fóssil seguirá com bastante espaço até 2040, ainda representando 40% de todas as matrizes usadas. No Brasil Fontenelle acredita que o porcentual será um pouco menor, cerca de 32%, 33%, porque o biocombustível terá avançado bastante, junto com o segmento elétrico.
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