São Paulo – Consolidada a liderança da Fiat no mercado brasileiro e com os volumes da Jeep crescendo mês a mês, somados ao resultado financeiro positivo da Stellantis na América do Sul em 2021 – lucro operacional de € 882 milhões –, as atenções do COO Antonio Filosa estão, agora, voltadas para outras marcas que serão vetores de crescimento no Brasil e na região, caso de Citroën, Peugeot, Ram e o serviço de locação Flua!. No caso da Ram existe a possibilidade concreta de ter, no médio prazo, um produto com fabricação local.
Uma das marcas já traz resultados positivos: a Peugeot fechou o primeiro bimestre na nona posição do ranking brasileiro, com 4,1 mil unidades comercializadas e crescimento de 80% na comparação com o mesmo período do ano passado. Da Citroën o principal lançamento chegará nos próximos meses, o Novo C3 – e, mesmo sem ele, a marca cresceu 52,5% no bimestre, somando 2,5 mil licenciamentos.
As duas marcas originais do Grupo PSA já têm plano concreto de expansão, desenvolvido e iniciado ainda antes da fusão. No caso da Ram estudo está sendo feito para ser apresentado ao CEO global, Carlos Tavares, que envolve a produção local de um modelo, segundo Filosa.
“Nosso CEO conhece a força e o potencial do agronegócio na região e está muito interessado nesses estudos, que envolvem a possibilidade de produção local. Temos condições de fazer com a Ram o que fizemos com a Jeep no Brasil.”
A Stellantis promoverá, até 2025, 51 lançamentos na América do Sul, somados novos modelos, reestilizações e híbridos e elétricos. Deste total dezesseis serão novos, com produção local – e um deles pode ser um da Ram. A companhia mantém cinco fábricas de veículos por aqui: Betim, MG, Goiana, PE e Porto Real, RJ, no Brasil, e Córdoba e El Palomar, na Argentina. Qualquer uma delas é candidata a receber o produto.
Entrando em novo negócio – A Flua!, marca da Stellantis para compartilhamento e locação de veículos, é outro ponto de atenção no médio prazo. Filosa não forneceu muitos pormenores, mas garantiu que haverá expansão dos negócios, mas com cautela.
“Não podemos entrar a 200 quilômetros por hora no negócio porque ainda precisamos adquirir competência neste serviço. Nossos concorrentes, as locadoras, já têm, mas nós ainda estamos dando os primeiros passos. Para correr precisamos primeiro aprender a andar.”
Por enquanto o serviço oferece assinaturas de veículos Fiat e Jeep. Filosa afirmou que, em breve, outras marcas poderão integrar a oferta.