São Paulo – Os planos da GWM, Great Wall Motor, para o Brasil, estão calcados na hibridização. Todos os seus carros trazidos ao País serão híbridos ou híbridos plug in, e nenhum deles será movido somente a combustão. O primeiro será o SUV urbano Haval H6, seu campeão de vendas, que já está em testes por aqui e chegará ao mercado nos próximos meses.
Foi o que informou Oswaldo Ramos, chefe comercial da GWM no Brasil: “A aposta de condução elétrica em todo o País independentemente da infraestrutura que exista estará presente em 100% dos carros da GWM”.
Os primeiros híbridos importados vêm com motor a combustão movido a gasolina. Ramos afirmou, contudo, que a companhia já está desenvolvendo com parceiro local versão movida também a etanol: “Nosso futuro é flex”.
A previsão é a de que o Haval H6 seja ofertado nas modalidades híbrido e híbrido plug in e na versão superesportiva de tração integral: “Existe uma fila na liberação e na homologação para o mercado brasileiro. Mas damos garantia de que no lançamento teremos as três versões”.
Os preços não foram ainda comunicados, pois como faltam alguns meses para o lançamento os valores podem oscilar: “Nós não operaremos no segmento premium mas, sim, na faixa de segmento central do mercado competindo com marcas de SUV como Jeep, Toyota, Volkswagen, Mitsubishi. É com essas que competiremos, trazendo o diferencial do híbrido e do plug in híbrido nesses segmentos e nessas faixas de preço”.
O executivo igualmente destacou que os modelos terão conectividade e tecnologia de suporte, como assistência ao motorista, principalmente nos itens de segurança, como telemetria, que virão de série. E todos eles terão a opção de contratação de plano de assinatura.
Futuro – A GWM prevê gama de dez lançamentos para os próximos três anos, todos híbridos e híbridos plug in. Além do Haval serão importados, também, os da marca Tank, de SUVs de luxo e fora de estrada, e os da Poer, de picapes.
“Existe uma quarta marca que virá para o mercado brasileiro, a Ora, e outras marcas do grupo que estão em desenvolvimento, mas isso mais para a frente, depois de 2025. Pois primeiro precisamos criar infraestrutura elétrica para então oferecer os modelos 100% movidos a bateria.”
Quanto à picape híbrida, Ramos contou que todas as premissas básicas para trazer o modelo foram feitas, o que está em aprovação junto com outros mercados que o receberão, como Tailândia, Austrália e a própria China:
“Vamos desenvolver versão usando tecnologia híbrida que será oferecida aqui. A intenção é que ela seja montada em Iracemápolis, SP, mais para frente, quando a marca estiver mais maturada.”
A ideia da GWM é estreitar conversas com fornecedores locais para que até 2026 consiga ter 50% ou mais de conteúdo nacional nos veículos híbridos produzidos em Iracemápolis, onde foi anunciado, no início do ano, investimento superior a R$ 10 bilhões até 2032.