São Paulo – Fortemente afetada pela escassez de semicondutores a indústria de autopeças TI Automotive, de São José dos Campos, SP, lançará mão de algumas medidas a fim de equalizar a redução nos pedidos frente a efetivo funcional com excedente de mão de obra. Nos próximos dias a companhia abrirá PDI, Plano de Demissão Incentivada, e estabelecerá layoff.
A empresa, produtora de tubulação de freios e ar-condicionado automotivo que tem como seus principais clientes General Motors e Hyundai, e que fornece também para Fiat e Peugeot, realizou demissões a conta-gotas nos últimos meses, segundo o sindicato dos metalúrgicos local. Diante dos cortes de seis operários a produção da fábrica foi paralisada por duas horas, quinze dias atrás, e aviso de greve foi aprovado.
Após negociação com a empresa o sindicato informou que foi acordada a concessão de dois meses de estabilidade no emprego, e como contrapartida houve a aprovação da abertura de PDI com o objetivo de obter a adesão de vinte funcionários em julho e agosto. Esse volume, que compõe seu excedente atual, equivale a 5% do efetivo de quatrocentos empregados.
Quem aderir ao plano de demissão incentivada receberá indenização adicional às verbas rescisórias de R$ 20 mil. A proposta não vale para aposentados e mensalistas. No fim de 2021 já houve a abertura de um PDI, só que mais amplo, que contou com a participação de cem empregados e a oferta de sete a dez salários extras.
A fim de equilibrar a demanda com o número de funcionários foi acordado, ainda, que haverá layoff de dois meses para 26 empregados, suspendendo seus contratos de trabalho de 4 de julho a 3 de setembro.
Em janeiro a companhia chegou a estabelecer layoff de cinco meses para 28 funcionários, que acabaram de retornar aos seus postos em 24 de junho. A ferramenta foi utilizada como alternativa à demissão. Todas as medidas foram validadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região junto aos operários em assembleia.