São Paulo – No Brasil a Audi encerrou setembro com queda de 22% nas vendas de veículos no acumulado do ano, comparado com os nove primeiros meses de 2021, somando 3,8 mil unidades. Restando um trimestre para o encerramento é difícil projetar que o volume do ano passado, 6,3 mil veículos, seja alcançado neste 2022 conturbado, em que a falta de disponibilidade de modelos prejudicou as vendas a despeito de uma forte procura no varejo.
Mas é o que acredita Daniel Rojas, CEO da operação brasileira: ao menos chegar próximo, em torno de 6 mil licenciamentos. Ele celebrou o resultado de setembro, quando com 798 unidades licenciadas a Audi registrou crescimento de 27,7% sobre o mesmo mês de 2021 e ficou na segunda posição das marcas premium e de luxo. Mais: foi o melhor mês de vendas de eletrificados, com 340 unidades, ou 42% do volume total.
“O Q5 híbrido plug-in e o e-tron estão com boa procura no mercado”, disse Cláudio Rawicz, diretor de marketing e comunicação da Audi. “Neste segundo semestre teremos mais disponibilidade de veículos, calculamos que 65% do nosso volume sejam vendidos na segunda metade do ano”.
As montadoras premium e de luxo sofreram bastante com a falta global de semicondutores, ainda mais em suas operações brasileiras. As vendas de treze marcas do segmento recuaram 18,6% no período, de 33,2 mil para 27 mil unidades. A Audi, que retornou à montagem local de veículos em junho, hoje ocupa a segunda posição do ranking, atrás da BMW.
Na quinta-feira, 6, a Audi, patrocinadora da seleção paralímpica de voleibol, doou à CBVD, Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes, um modelo Q5 TFSIe, híbrido plug-in, para o transporte de atletas e materiais de competição. O veículo passou por uma série de modificações para atender aos integrantes da entidade, que possuem mobilidade reduzida.
O volante, por exemplo, recebeu uma alavanca compacta que pode ser manuseada com menos esforço na comparação com um volante comum, com movimentos de esterçamento mais simples. Os pedais foram substituídos por uma manopla posicionada à frente do condutor, que pode acelerar ao girá-la no sentido horário e frear empurrando-a para a frente.