São Paulo — O IAA, em Hannover, Alemanha, é a maior feira de transportes do planeta. São mais de vinte pavilhões, milhares de empresas expositoras e reúne em um mesmo evento os principais executivos das empresas fabricantes de caminhões e ônibus. A Fenatran não concentra tantas empresas como o evento alemão, mas boa parte das lideranças globais estão por aqui nesta semana. O Brasil, definitivamente, é um mercado relevante para o segmento de transporte.
“O Brasil é o principal mercado fora da Europa”, disse Gerrit Marx, CEO do Grupo Iveco durante a apresentação de uma série de novidades para o País, como a e-Daily, recém-lançada na Europa e que também já está disponível para pedidos no Brasil.
Realmente não é novidade a participação dos presidentes e CEOs das montadoras de caminhões na Fenatran. Em 2019 Roger Alm, pouco antes de completar seu primeiro ano como presidente da Volvo Trucks, esteve pela primeira vez no País para apresentar as novidades e, também, ter reuniões com clientes e fornecedores durante a Fenatran. Líder de vendas dos extrapesados o mercado brasileiro, assim como para a Iveco, é o segundo mais importante para a fabricante sueca.
Além disso, Alm disse durante a apresentação do caminhão FM elétrico no primeiro dia da Fenatran 2022, um dos destaques no seu estande, mas que ainda não será vendido no País, que “no futuro há o potencial para produzir caminhões elétricos no Brasil”.
Mats Gunnarsson, vice-presidente executivo das Operações Comerciais globais da Scania, já teve encontros com clientes, grandes frotistas, antes mesmo do início da Fenatran: “O futuro será eclético e tive a oportunidade de conversar com nossos clientes sobre como o Brasil pode mostrar ao mundo os caminhos para a descarbonização”.
Na segunda-feira, 7, cumpriu agenda no estande da Scania para reafirmar a importância das possibilidades na utilização de gás natural, biogás e motores a combustão interna mais eficientes, além, é claro dos elétricos. Até quinta-feira, quando deixa o Brasil, ele terá diversas reuniões com clientes.
Todos, sem exceção, estão de olho no potencial de negócios do mercado brasileiro. E a Fenatran é o ambiente ideal para contatos com os clientes. É o que acredita Karin Radström, responsável pela operação mundial de caminhões da Mercedes-Benz. Ela desembarcou de manhã em Cumbica, teve uma reunião de briefing da sua participação na coletiva de imprensa, a qual dispensou o discurso previamente redigido, e depois acompanhou as apresentações das outras marcas.
Quando a reportagem a encontrou nos corredores da Fenatran perguntou qual a principal diferença do IAA e da Fenatran. Ela resumiu muito bem o objetivo de todos os líderes globais presentes: “Enquanto no IAA revelamos as tendências e o futuro do transporte, na Fenatran entregamos para os clientes muitos desses produtos. Viemos aqui para fazer negócios em um dos mercados mais importantes para nós”.