São Paulo – Em trajetória crescente mês a mês a venda de automóveis e comerciais leves híbridos e elétricos seguirá sendo apenas um nicho do mercado brasileiro em 2023. Segundo projeções da Anfavea até o fim do ano serão emplacados 70,5 mil unidades deste modelos, volume 40,3% superior ao registrado no ano passado.
No total a Anfavea projeta 2 milhões 40 mil automóveis e comerciais leves vendidos. A participação dos eletrificados, portanto, seria de cerca de 3,5%, 1 ponto porcentual acima do registrado em 2022.
Na projeção a entidade não discriminou quantos teriam a tecnologia híbrida, ainda majoritários no País, e quantos a elétrica.
O presidente Márcio de Lima Leite disse, durante entrevista coletiva à imprensa, que a entidade não é contra o imposto de importação zero para os eletrificados, embora, um mês atrás, tenha dito que seria preciso reavaliar essa tributação: “As empresas associadas à Anfavea representam 85% da produção mundial de veículos. São elas que importam os veículos com este imposto zerado”.
Ele tornou a ressaltar, porém, a necessidade de serem colocadas as regras para a fase de transição dos modelos a combustão para os elétricos de forma a não promover o processo de desindustrialização do setor automotivo nacional. A intenção da Anfavea, segundo ele, é promover a produção local dos modelos eletrificados “mas hoje não temos este horizonte”.
No primeiro bimestre foram emplacados 8,8 mil veículos eletrificados, crescimento de 46% sobre os primeiros dois meses do ano passado. Os 100% elétricos registraram 1,4 mil emplacamentos, alta de 80%, e os híbridos 7,4 mil unidades, avanço de 40,9% na mesma base de comparação.