São Paulo – A Abraciclo revisou para cima quase todas as suas projeções para o setor de motocicletas em 2023, após os bons resultados obtidos de janeiro a junho. Segundo o presidente Marcos Bento, elevou em 10 mil unidades a projeção das fábrica: a expectativa agora é a de produzir 1 milhão 560 mil unidades, mirando crescimento de 10,4% no ano, contra a projeção de janeiro que era de 1 milhão 550 mil, com alta de 9,7%.
Para o varejo, que segue reduzindo a fila de espera por motocicletas de baixa cilindrada, a expectativa é de 1 milhão 511 mil emplacamentos até dezembro, expansão de 10,9% sobre 2022. A projeção em janeiro era de comercializar 1 milhão 490 mil unidades, volume que representaria alta de 9,4% na comparação com o ano passado.
A revisão para baixo ficou por conta das exportações, pelas quais a Abraciclo projeta embarcar 49 mil motocicletas, volume 11,5% menor do que o registrado em 2022. Em janeiro a expectativa era bem diferente, com projeção de alta de 6,7% e 59 mil unidades exportadas. O presidente da entidade revelou alguns fatores para o cenário de queda que é esperado para 2023:
“O principal é a falta de harmonia na legislação de emissões nos países da região: nós estamos no Promot 5, alinhados com países como Estados Unidos e Canadá, que recebem nossas motocicletas, mas outros países estão em fases abaixo. Precisamos conversar para buscar a harmonização na legislação dos países do Mercosul, o que certamente melhorará a competitividade dos nossos produtos”.