São Paulo – Os trabalhadores da General Motors de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, SP, aprovaram a abertura de PDV, programa de demissão voluntária, nas fábricas destas cidades. A ideia, segundo relataram os sindicatos dos metalúrgicos que representam as unidades, é dar alternativa às demissões que a GM tentou fazer em outubro e que foram vetadas pela Justiça.
Em nota a GM confirmou a abertura do PDV: “Os trabalhadores da General Motors das fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes aceitaram a proposta da empresa de um programa de desligamento voluntário, após assembleias realizadas pelos sindicatos dos metalúrgicos das respectivas unidades”.
Para cada trabalhador desligado um que está atualmente em layoff será reintegrado, disseram as entidades, mas funcionários em licença remunerada também poderão aderir ao plano, que vigora de 5 a 12 de dezembro. Em São José dos Campos a meta é cortar 830 postos de trabalho, em São Caetano do Sul a meta é 290 e em Mogi das Cruzes 95.
Em outubro foram demitidos 839 trabalhadores em São José, trezentos em São Caetano e 105 em Mogi das Cruzes.
O pacote do PDV oferece de cinco a seis meses de salário, extensão do plano médico de três a seis meses e adicional em dinheiro, de R$ 15 mil a R$ 85 mil, ou um Onix LS, a depender do tempo de casa.
Os que seguirem na fábrica terão estabilidade até 31 de maio de 2024. Na negociação ficou acordado também que a GM poderá compensar os dezessete dias parados durante a greve de acordo com a necessidade de produção.
Em outubro a GM comunicou, por telegrama e e-mail, a demissão de 1,2 mil trabalhadores das três fábricas paulistas sem negociar previamente com os sindicatos – antes tentou um PDV, sem sucesso. Os trabalhadores entraram em greve e conseguiram na Justiça reverter as demissões, pois havia acordo de estabilidade feito durante as negociações do layoff. A greve foi encerrada e sindicatos e companhia voltaram a negociar, finalizando com este PDV.