São Paulo – Após ter sido rejeitada proposta de PLR, participação nos lucros e resultados, de R$ 17 mil apresentada pela General Motors aos 3 mil 150 trabalhadores de São José dos Campos, SP, onde são fabricados os modelos S10 e Trailblazer, além de motores e transmissões, a montadora ofereceu R$ 19 mil, valor aprovado em assembleia na quinta-feira, 23.
O objetivo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região era obter benefício superior aos R$ 18 mil de 2023. Após a primeira proposta recusada os trabalhadores aprovaram a segunda, superior ao valor pago no ano passado.
O acordo validado prevê o pagamento da primeira parcela, de R$ 12 mil, ainda em maio. Os R$ 9 mil restantes virão em janeiro de 2025. A quantia total de R$ 19 mil representa incremento de 5,6% frente ao que foi pago no ano passado.
A negociação em torno da PLR teve início em 7 de maio, quando os operários aprovaram a pauta de reivindicações em assembleia. E, de lá para cá, o sindicato reuniu-se quatro vezes com a empresa.
A entidade alegou que no quarto trimestre de 2023 a GM registrou lucro líquido de US$ 2,1 bilhões ou R$ 10,3 bilhões, o que representou 5% de crescimento com relação aos valores obtidos no mesmo período de 2022, de US$ 1,9 bilhão ou R$ 9,8 bilhões. No fechamento do ano o lucro líquido alcançou US$ 10,1 bilhões, alta de 2% na comparação anual.
Na sede da empresa, em São Caetano do Sul, negociação continua
Funcionários da GM em São Caetano do Sul, SP, onde são produzidos Montana, Spin e Tracker e está sediada a companhia, rejeitaram na quinta-feira, 23, a mesma proposta que a aprovada em São José dos Campos, de R$ 19 mil. No ano passado, assim como na unidade do Interior, foi remunerada na fábrica do ABC Paulista PLR de R$ 18 mil, o que conferiu aumento de 6%.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Aparecido Inácio da Silva, o pleito da categoria para a PLR de 2024 é de R$ 25 mil. Caso seja remunerada, a quantia representará incremento de 38,8%. “Tomamos como parâmetro o que está sendo oferecido como benefício na Renault”, disse Cidão.
Por causa do impasse em torno das negociações em São José dos Pinhais, PR, em torno de 4,1 mil trabalhadores da Renault e da Horse, sua fabricante de motores, estão em greve há 16 dias. Os metalúrgicos pedem PLR de R$ 30 mil. Nova assembleia para a definição dos rumos da paralisação está agendada para segunda-feira, 27.